***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

sábado, janeiro 27, 2007

Com 1 mês



Olha o bebê da mamãe!
Onde está aquele meu bebê tão cabeludo? Pois é, cismei de participar de um programa de orientação para amamentar e a enfermeira pegou logo Gu, que era o mais novinho, de cobaia pra uma demonstração de banho. Além de eu não ter levado fralda e voltar com ele pra casa só com coeiro (palavra antiga, né?), ela esfregou tanto a cabeça dele que ficou todos os cabelos na água da banheira...me deu tanta raiva.
Aqui foi no dia em que levamos ele pra iniciar o acompanhamento de peso e altura. Ele pesou 4.160 Kg e 54 cm. Menino propaganda. Acho essa foto tão linda.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Depressão e desmame


O dinheiro acabou e não pude mais ir atrás de entregar currículos ou ir mais uma vez na força sindical. Fiquei frustrada e desesperada, com um sentimento de derrota. Pra piorar, numa hora dessas , parece que todo mundo resolve então apedrejar a gente e fazer-nos sentir a pessoa mais miserável deste mundo. Minha avó, que foi tão carinhosa, companheira e amorosa da minha infância; veio com toda dureza me perguntar porque eu engravidei, que ninguém esperava isso de mim, que na família nunca teve um assim, que mesmo que não se case, mora junto...Eu sei que foi errado, foi no pior momento, eu realmente não queria que fosse assim. Ou será que acham que eu nunca cresci tendo o sonho de toda menina do vestido de noiva, da cerimônia e festa de casamento, da minha casa e meu trabalho? Lógico que imaginava tudo certinho, mas eu errei, vacilei, mas também eu não fui a primeira, nem vou ser a última. E já me arrependi amargamente, mas não tem como voltar atrás. Só não me casei porque nem ele conseguia um emprego decente pra sutentar uma família.

Eu pedi uma vez pra usar o computador da minha prima pra me cadastrar na internet, mas me olhavam com um jeito, parecia que eu tinha uma doença contagiosa; tratam bem, mas sabe quando você sente o sentimento da pessoa? O Gustavo, todo mundo acha uma gracinha, o negócio era comigo. Todo mundo me apoiou e sou realmente grata por isso, mas estavam todos magoados.

Só sei que me deu uma depressão, eu fiquei que era só a caveira de tão magra. Resolvi tirar o Gustavo do peito, que até então mamava 3 vezes na noite. Uma tia minha ensinou a dar mamadeira com chá que eles acabam cansando de acordar pra tomar água doce. Eu deixava debaixo do travesseiro e a primeira mamada ele deixou de acordar, passou a ser 2 vezes, depois 1 só até parar e dormir a noite toda. Eu juro que gostaria de chegar aos 2 anos, mas já não aguentava mais. Eu tava angustiada e me sentia horrorosa ter que encher um lado do sutiã de pano pra disfarçar a diferença de tamanho porque ele só pegou o esquerdo e logo o direito ficou menor do que era antes. Tava desproporcional demais. Amamentei por 1 ano e 10 meses. Minha irmã desmamou o dela aproveitando a ocasião, mas ficava balançando ele no colo chorando até dormir. O pior é que dormíamos no mesmo quarto e era horrível, parece até que fazia de própósito pra provocar. Eu ficava com medo de o Gustavo acordar com o berreiro do outro e não aprender a dormir a noite toda.

Eu tava tão desesperada que quis apelar até pro exército e fui numa palestra. No final fui perguntar ao militar se eu me encaixaria na profissão e ele me disse que meu curso não serve pra nada, que ia ter que cursar 1 ano correspondente ao 2º grau e depois a faculdade de engenharia deles, pode eu ouvir uma coisas dessas? Eu ia jogar 6 anos de estudo no lixo? E outra, não iam me ensinar nada que eu já não houvesse aprendido, pois do mesmos métodos que se calcula uma viga aqui, vai ser calculada do outro lado do mundo. Fórmulas são mundiais. É cada uma viu...Sei que estudam pontes e pistas de vôo, coisas que eu não vi, mas era só fazer uma complementação.

Meu filhinho, no entanto, tava tão cuidadoso comigo. Fui um dia depositar carta no correio, tinha deixado a bolsa no balcão pra colar o envelope e quando pus ela nas costas ele não viu. Ao sair com ele no colo: 'Mamãe, a bolsa!' Vê que bonitinho! Outro dia que escovei os dentes com ele no colo e era debaixo das escadas, dei um passo pra trás e ele: 'Cuidado mãe.' Pondo a mão na minha cabeça. Ele aprendeu a esperar preparar a mamadeira sem fazer um show de desespero. Pediu pra passear uma vez e falei que íamos pra comprar um tênis, ele olhou pro pézinho: 'Sandália maior'. Que lindo! Não falava mais grande. Eu babo mesmo.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Ainda na luta


Fui chamada pra uma vaga de promotora de vendas em uma grande empresa do setor imobiliário nas imediações da Av. Paulista. Na agência de empregos me deram um teste de... (me fugiu o nome agora...destes de psicotécnico de completar a seqüência das figuras). Acertei todas as questões e o rapaz disse que tive facilidade devido ao curso que fiz; aí me deu um de nível mais avançado e devo ter errado só umas 3 questões. Fui até a empresa que aplicou um teste destes e uma redação. Devo ter tirado uma nota muito boa porque no outro dia já me chamaram pra entrevista, mas não foi o bastante. A mulher que me entrevistou, quase se desculpou quando mencionei o curso que fiz e disse que estavam a procura de alguém com experiência. Ainda me prometeu encaminhar pra uma vaga em minha profissão, mas até hoje não tive notícia.
Outra vez tive uma entrevista pro mesmo cargo em uma empresa de convênios médicos. A agência encaminhou pra um endereço no centro e chegando lá, a moça me diz que era em outro lugar. Quase desisti, mas e a dúvida que fica na cabeça: ‘e se for esse?’ Liguei pra minha mãe chorando. (Eu nasci em São Paulo, mas me mudei pra cá com 7 anos de idade, só voltava nas férias e onde fosse era com a família de carro. Nunca tive medo de desafios e sempre fui corajosa em acertar). Então resolvi seguir a direção do povão e encontrei a estação do metrô. Fiz duas baldeações e na Sé quase pego o trem errado; cheguei a entrar, pensei bem e quando saí vi no mapa que quase ia voltando onde eu iniciei. Na rua, pedi informação à um jornaleiro e subi até a tal Teixeira Leite. Cheguei com uns 15 min. de atraso, mas deu tempo e também ouvi a mesma resposta da experiência.
Eu tinha até ido visitar uma escolinha pra colocar o Gustavo. Ele chegou e a dona ficou encantada ao vê-lo descer do meu colo e subir em tudo quanto era brinquedo, foi entrando pras salas de aulas e voltou com um bichinho de pelúcia na mão. Todo soltinho por lá. Percebi que não ia ter problemas em colocá-lo em escolinha, ele era até curioso e ficava doidinho em ficar no meio da criançada, parecia que na cabeça dele era tudo festa. Nessa minha andança por emprego, minha mãe dizia que quando ele perguntava por mim, era só dizer que eu tava na escola que ele ficava bonzinho e até almoçava bem.
Minha irmã arrumou emprego numa cozinha perto da casa de meus pais, mas enfiaram ela pra lavar um mundão de louça e limpar o chão. Ficou lá uma semana, tinha que ir até no domingo! Teve um dia que o Vi caiu da escada pra trás duas vezes e bateu com a cabeça no mesmo lugar. Cresceu um baita de um galão que ficamos com medo e levamos no Pronto-Socorro. Um médico doido, tirou raio-x da cabeça e disse estar desconfiado que tinha trincado o crânio. Colocou o menino de observação com soro até à noite. Minha tia ficou com ele e voltei pra casa pra minha mãe vir no lugar, sem saber se mandava chamar a Márcia pra contar, se poderia ficar chato na primeira semana de emprego. Só sei que depois que ela chegou á noitinha, meu pai levou ela lá chorando e quando trocou o plantão, o outro médico deu alta dizendo que foi um absurdo acharem aquilo da chapa, que foi só um galo. Ele ficou bonzinho, mas os profissionais do sistema público de saúde...sem palavras.

sábado, janeiro 20, 2007

Depois da luta, mais luta

No ano de 2004, um primo meu se casou e fomos até Mogi novamente. Passamos a mesma confusão pra se arrumar, mas faz parte e valeu a pena. Foi outro casamento lindo (como todos são) e uma festa ótima (com o mesmo buffet de churrasco do casamento da irmã dele) que pude aproveitar um pouquinho menos, pois com Gustavo com 1 ano e 6 meses numa curiosidade e espírito de aventureiro que só, já saía correndo por todo salão e pelo gramado. O lugar era lindo, numa chácara com um lago, aí os cuidados dobraram. No início ele ficou sentadinho com um baita espetinho na mão e acabou quebrando um copo no chão de tanto que meu pai gritou que ia derrubar, o menino assustou e deixou cair mesmo. Meu deu tanta raiva. Tem horas que haja paciência com esses adultos...
Depois disso, fomos pra São Paulo. Meu pai me forçou a ir porque, disse ele, lá com certeza eu arrumaria emprego. Fui com esperança, é claro. Já na segunda-feira ele foi comigo na Força Sindical. Chegamos umas 6:00 da manhã e tinha umas 2000 pessoas, minha senha era 1883. Fui atendida ás 17:00 e se não fosse um pacote de bolacha que levei, estaria sem comer nada porque meu pai só tava fazendo bicos e o dinheiro era pouco. Tinha 1 vaga pra Engenheiro civil que não exigia experiência. Peguei o último encaminhamento que tinham, mas já perdi as esperanças quando me perguntaram de carta de motorista, que não tive oportunidade de ter até hoje...Liguei pra marcar a entrevista e o homem disse ter umas 40 pessoas pra seleção. Só fui pra ver como era uma entrevista. O lugar era do outro lado da cidade, deserto, esquisito. O homem me pediu e-mail, nº de celular...nada disso eu tinha. Disse que gostou do meu perfil, que sou comunicativa e dinâmica, mas que precisavam de alguém com habilitação. Já era de se esperar...Demais vagas, o mínimo que exigiam era 2 anos de experiência. E ninguém dá uma chance...Vagas pra trainee apareceram bem dizer agora e pela internet é mais fácil saber, mas eu não tinha acesso. Minha prima disse que eu deveria ter feito um estágio em alguma empresa que contribuiria para experiência. Como, nesse fim de mundo que não tem empresa de engenharia? Agora que tem algumas, mas pelo nº de alunos não dá pra empregar todo mundo. Os Engenheiros da cidade que trabalham autônomos (que não são poucos, é como bar: tem um em cada esquina) vivem no regime do salvem-se quem puder! A condição é acompanhar alguma obra como fiz, só pra cumprir a grade curricular (sem a mínima esperança de remuneração). Outra que o curso aqui é integral, fica difícil. A maioria do pessoal que estudou comigo já estava encaminhado (pelos pais, tios, etc) ou já tinha o seu Q.uem I.ndica. Eu sou filha de um pedreiro que trabalhou a vida toda autônomo e só me formei com muita luta, através de bolsa. Esse mundo é muito injusto mesmo.
Resolvi procurar de outra coisa, mandei fazer um outro currículo de secretária, recepcionista, auxiliar, qualquer coisa assim. Saí com minha irmã um dia inteiro entregando nas agências da Lapa e no Centro. Teve prédio de subir 10 andares pela escada pra ir mais depressa por causa da fila no elevador.
Minha irmã, coitada, foi atrás de 1 vaga de chefe de recepcionista e atendente que prometia um salário de R$1400,00, sem experiência. Ainda perdeu mais 2 dias e 6 passagens de ônibus, porque só depois disso foram avisar que teriam que sair na rua e vender um plano odontológico de R$1600,00 pra alguém à vista, pra receberem a tal vaga. Vê que maracutaia, ainda brincam com a cara de quem está no desespero! Isso é caso de cadeia pra esse povo. O pior é que tem anúncio dessa porcaria até hoje no jornal e no mesmo endereço.
Bom, o meu filhinho, nessa época pegou gosto pelo Jota Quest. Era só ouvir na rádio que cantava: 'Quero um amor maior...amor maior que eu' Só essa parte, mas era de babar em ver. Enquanto estávamos em casa, o Anderson trazia uma maquininha de cortar cabelo pra cortar o do Gustavo (Ainda caí no mesmo erro mais vezes, mas estávamos sem grana). E em São Paulo, o Gu se lembrou, passava a mãozinha no cabelo fazendo barulhinho e falava: 'Papai...'Outro dia pegou o álbum de fotografia e ficava quietinho sentadinho na escada olhando uma foto do pai com ele no colo e falando baixinho: 'Passear papai...Passear papai...' Tava com saudades...
O Anderson não tem muita paciência, nem procura compreender coisas de criança, tem horas que quer que o menino já tenha nascido sabendo e se comporte como adulto; mas quase sempre está disposto a fazer farra. É daqueles que joga bola, ensina brincadeiras e corre pela casa até pingar em suor, como moleque também. O Gustavo tem uma admiração por ele de emocionar a gente. Até meu sobrinho, nem dá bola pro pai dele pra ficar com o Anderson!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O soninho mais lindo

Espera na janela
Quando me perdi, você apareceu
Me fazendo rir do que aconteceu
E de medo olhei tudo ao meu redor
Só assim enxerguei que agora estou melhor



Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É meu abrir de olhos no amanhecer
Verdade que me leva a viver!
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor!



E a dor saiu, foi você quem me curou
Todo mal partiu, vi que algo em mim mudou
Num momento eu quis ficar junto de ti
Agora sou feliz, pois te tenho bem aqui!

Depois que eu cheguei tudo ficou assim: tudo azul.

Música: Los Hermanos.


domingo, janeiro 14, 2007

Um pouco de diversão

Para quem gosta de esportes radicais


E por falar em diversão, me lembrei de outra aula do Faria em que ele me perguntou se eu já estava pretendendo ter mais um filho, falei que nãaaaoooo, e ele: 'Quê que tem? Uma menina, fica um casal, não tá bom?' Aí fui dizer que minha mãe tinha falado que se eu tivesse outro filho, seria mais um menino. Ele: 'E por acaso sua mãe é vidente?' Respondi que era por causa de uma dobrinha na coxa (do bebê que nasceu, a mãe dela dizia pra ela, que por sua vez a vó ensinou, etc). Ele:'Ahhh, uma dobrinha na coxa?' E saiu para continuar a aula com aquela cara de 'o que tem de científico? Isso não quer dizer nada' Não é à toa que nossa aula da saudade foi ele o escolhido. E deu um show de aula que deixou todo mundo com vontade de chorar. Ele é daquele tipo de pessoa que você aprende a admirar e levar isso pra sua vida toda. Mas teve outros que não vou me esquecer: como a Ivana, a Emiliana, a Júlia, o Newton, o Mauro...que pra mim davam um show de aula. Também outros que foram legais comigo durante minha gravidez e depois que voltei, ainda os que deram suas experiências de vida...É muito bom ter lembranças e admirações assim...

sábado, janeiro 13, 2007

Aula de concreto 2

Por ficar muito tempo na faculdade, meus seios enchiam tanto de leite que não podia nem relar que doía. Comprei uma bombinha pra esvaziar e quando eu chegava em casa e ele já tinha mamado, eu tirava e enchia saquinhos de chup-chup (gelinho) com meu leite pra dar pra ele quando eu estivesse fora. Sabe que a minha mãe jogava fora ou não dava dizendo que tinha nojo! Isso me matava de raiva porque ao invés de mamar o que pertencia e era melhor pra ele, enchia a barriguinha com leite em pó, sendo que o outro tava à disposição...É duro não poder cuidar e deixar nas mãos de quem não faz o que a gente gostaria...
Em 2003 fiz outro estágio em duas obras em fases diferentes (uma na fundação e outra na estrutura) e dessa vez bati muuuiiitas fotos como prova. O engenheiro era formado pela faculdade, abitolado pela profissão, me ajudou a entender muita coisa do projeto na prática, apesar de freqüentar as obras poucas vezes enquanto eu estava lá. Eu ficava cada vez mais maravilhada e orgulhosa da minha profissão. Mas não era fácil, 3 vezes por semana eu saía de uma obra e ia direto pra outra até o meio-dia. Como era perto da facul e eu tinha aula às 13:00, ficava numa pracinha, comendo as marmita que eu levava (virei bóia-fria); a situação tava difícil aqui em casa e não tinha dinheiro nem pra lanche. Minha apresentação de estágio pro professor foi pura fotografia também, só de raiva.
A aula do Faria! O Gustavo freqüentou mais uma aula desse meu professor. Sentei na frente e joguei um forro no chão com lápis e papel pra ele ficar. Até que se comportou bem apesar de dar uns passeinhos pelos corredores da sala. Mas o ponto alto foi um colega meu, Fabrício Violatti, pegar ele pra conversar mandando o menino ir chutar o professor em trocar de bala. E não é que o menino entendeu direitinho! Foi lá na frente e tava que levantava a perninha tentando alcançar a canela do Faria! Socorri antes da tragédia que seria pra mim, explicando que não podia fazer isso que não precisava que eu daria bala pra ele depois. Briguei com o Violatti que ele tava corrompendo meu filho e ele se divertindo...O Faria que nem tinha percebido antes, foi perguntar o que acontecia e o Fabrício foi contar, ainda bem que disse a verdade, que foi ele quem mandou o menino fazer aquilo.
No segundo semestre foi mais apertado ainda. Além da monografia que não era suficiente nunca, cumpri as 3 matérias de projeto de edificações. Tinha que fazer todos os projetos de uma casa, um prédio de 4 andares e o mesmo com 8 andares acrescentando elevador e piscina na última laje da cobertura. É...não foi mole não...Foram dias inteiros em frente ao computador na faculdade pra conseguir fechar o curso. Graças ao meu bom Deus, consegui entregar tudo em dia e a apresentação da monografia foi a melhor apresentada de 5 com o mesmo tema, segundo meus professores da banca. Tirei 9,5 porque não pude apresentar informatizado e com figuras (tinha encomendado um digitador, mas ele não fez, daí aproveitei o atraso de um professor e digitei somente os títulos na hora pra não ficar sem nada). Foi a maior nota do tema. E no início do trabalho uma frase singela ao pé da página dizia: Ao meu filho Gustavo. E aí eu me formei em engenheira civil.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

O Foguetinho

Eis meu melhor motivo pra viver! Esse pacotinho lindo tinha acabado de chegar em casa e fazer mais feliz nossas vidas.

Olha que pedacinho de gente cabe em nossos braços tão aconchegadinho! E no colo dormia que era uma beleza! Nem sei dizer quantas noites ele dormiu no berço, não parava lá nem 15 minutos. Meu cabelo tá uma maravilha...(minha mãe só me deixou lavar com uma semana depois). A barriga parecia que tinha outro bebê. Na consulta do pós-parto, a moça já queria me pesar e consultar a pressão achando que eu ainda não tinha ganhado. Eu andava e aquilo tudo chacoalhava como uma bexiga cheia d'água...

Não é a cena mais singela que pode haver entre pai e filho? Aí começou o laço mais forte de amizade que existe.


domingo, janeiro 07, 2007

Os passinhos e daí por diante


No dia 29 de março de 2003 eu fui privilegiada em ver os primeiros passinhos do meu bebê. Ele já andava agarrado nas coisas e as vezes eu deixava ele fora do andador pra ver. Ele ia segurando pelo armário da cozinha até chegar na pia, aí ele olhou pra trás e viu o murinho que divide os ambientes. Ficou mirando com aquela carinha que você já imagina o que ele tá pensando...e eu de longe olhando...de repente ele arriscou e conseguiu! Foi uns quatro, cinco passinhos. Mas ele ficou numa alegria tão grande! Olhou de volta e atravessou de novo. Ria igual bobo, fazendo o trajeto mais umas três vezes. Mais boba estava eu de poder sentir a alegria de compartilhar esse momento tão importante com ele. Eu não sabia se chorava, se ria, se pegava ele no colo e enchia de beijos, fiquei até sem ação tamanha era a emoção. E tão pequenininho...
Daí em diante foi só festa: fui na casa de uma vizinha e ele andava do sofá pra cama e vice-versa, também na mesma alegria. Quase um mês depois, minha mãe que estava aqui, tava lavando roupa e pegou o danadinho no alto do 2º degrau da escada de uma casinha que tem aqui no quintal. Na festinha de 1 aninho já andava pra lá e pra cá pela casa com a criançada. (Me lembro de ir numa festa de 1 aninho do primo do Vi em fevereiro e a mãe do menino com a mãe dela não se conformavam de ficar a festa toda com o menino no colo e ver o meu, com 8 meses, andando segurando nas coisas).
Com 1 aninho cortei o cabelo dele por livre e espontânea pressão da minha mãe. Arrependi tanto, ele tem os cabelos cacheadinhos, todo mundo comparava a anjinho e os filhos de tanta gente tem cabelão, por que o meu não podia? Só me convenci porque nessa época todo mundo se referia ao Gustavo de ela (não sei porquê, sempre vesti ele com roupinhas bem masculinas e não tem brincos!) Fui num barbeiro aqui perto que disse que o cabelo dele (tão fininho) só podia ser cortado com maquininha. O que engrossou os fios depois. O Gustavo ficou quietinho, quase dormiu; mas eu fiquei num remorso depois...
O Anderson logo começou a ensinar o menino a chutar bola, na opinião dele: a 'melhor profissão' hoje em dia (pensando bem, imagina ganhar milhões sem nem precisar escolaridade e ainda num lazer! Só correndo atrás de uma bola!). Eu que fiz 6 anos sacrificados de engenharia e ainda não tive nem o retorno do que gastei, nem oportunidade remunerada justamente; fico revoltada com certas coisas profissionais no mundo...enfim...só sei que o menininho já saía correndo e gritando pra chutar. Fui num clube com minha irmã e o namorado e quando o Gustavo viu dois garotinhos chutando uma bola, saiu pra baixo e pra cima atrás dos meninos com a bola. Pena que eles não tavam nem aí pra ele e despresavam o pobrezinho (o que deixa a gente com vontade de brigar e tomar o brinquedo), mas era tão bonitinho vê-lo correr numa ligeireza com as perninhas durinhas (sem dobrar os joelhos), veloz mesmo. O pai dos garotos quando viu, veio me perguntar a idade dele admirado. Ele tava com 1 ano e 2 meses.
Tenho recordações também do dia em que ele sonhando, gritou: 'Mamãe! Mamãe!', mas não acordou. Fiquei contemplando ele dormir... Do dia que vinha com ele do centro da cidade com o carrinho e ele, comendo uma bolacha, adormeceu. Tirei a bolacha da mãozinha dele e ele levou a mãozinha na boca e chegou a abocanhar o ar. Ai, num aguentei...
Em setembro, ele avisou pela primeira vez que tinha feito cocô. Subiu num banquinho e depois em cima da mesa pra tombar um balde d'água enquanto eu lavava roupa...e por aí foram as descobertas e travessuras do meu foguetinho.

sábado, janeiro 06, 2007

Momentos inesquecíveis

Quando voltamos da praia, fizemos uma pausa em Mogi e na confusão de dar banho nos meninos, esqueci uma frasqueira com minha carteira e documentos tudo lá. Tive que voltar com meu pai e pegar um ônibus de volta pra cá. Nesse meio tempo minha irmã contou que quando ela disse a palavra mamãe o Gustavo abriu a boca a chorar. E que mais tarde, quando o Anderson esteve aqui, percebeu que era só falar cadê? que ele logo procurava olhando tudo em volta.
No dia 17 de janeiro de 2003 fui amamentá-lo e senti uma espetada. Passei o dedo na boca dele e eis a serrinha dos dentinhos que acabavam de rasgar a gengiva pra nascer! Estava com 7 meses. Já tinha um vocabulário de 7 palavrinhas: Angu, água, o tal Edit que achei um barato, batata, mamã e esse. 5 de fevereiro deixei ele sentadinho na cama e assim que dei as costas o danadinho desceu da cama sozinho e ficou em pézinho! E conversava pra valer fazendo barulhinho com a língua pra fora (o famoso berrourinho).
Durante a estada pro casamento da prima, ele aprendeu a bater palminhas e dar tcháu com a prima Elaine e o pessoal lá de S.P. O povo ficava encantado com ele, que nessa época já ria pra todo mundo. Diziam que era o bebê alegria, ao contrário do Vinícius que chorava tanto que o povo tinha até medo de pegar.
Logo após, no dia 27, aqui em casa, ele engatinhou pela primeira vez; mas eu estava na faculdade e só a vovó, a titi com o Vinícius que viram. O primo até parou de mamar pra olhar. No outro dia, minha irmã contou o acontecido e ele estava no cantinho da copa brincando, ela pôs um brinquedo perto da gente e chamou ele pra vir buscar. Quando eu o vi engatinhando até chorei de emoção. Acho tão bonitinho, mas o gosto durou pouco e precoce que ele só, já começou logo a se enguer e andar segurando no sofá e uma semana depois, arrastando uma cadeira pela casa como apoio. Nessa ocasião, meu pai tinha vindo buscar minha mãe e se animou em comprar um andador pra ele. Ah, foi o marco pra ele! Entendeu logo que podia ir onde quisesse e fazer bagunça pela casa, mexendo em tudo. Andou fazendo travessuras nos cuidados da titi. Ela me contou que ele tinha aberto o armário, conseguiu abrir a lata do arroz e tava que comia. Quando ele percebeu que a tia vinha socorrer, começou a pegar o máximo que podia e enfiar na boca. Ela disse que tirou arroz até do nariz dele. Fiquei imaginando a cena e toda orgulhosa desse espertinho.
Só uma coisa me deixou com muita raiva e revolta. Minha irmã tinha a péssima mania de, na hora do banho do Vinícius, tirar a roupa dele num sofázinho que ficava no corredor (próximo do banheiro), largar tudo lá (inclusive as fraldas sujas). Como a linha de alcance do Gustavo no andador era dessa altura, porque se ela tivesse deixado no chão ele não alcançaria, ele pegou. Eu cheguei, peguei o menino no colo, e tava até acompanhando ela com o Vi pro quarto conversando, quando sinto o cheiro no meu, quando olhei ele tava com a boca toda suja de cocô, comeu, o pobrezinho...e quando olhei aquela fralda suja naquele lugar, mas xinguei tanto e aquilo me doeu tanto como se tivesse agredido a mim ou mais que a mim. Tive vontade...sei lá viu. De sumir dessa casa e ter logo a minha, mas essa vontade tenho tido muitas e muitas vezes até hoje...
Tenho gôsto de lembrar que ele, como toda criança, começou a gostar de música e se mandasse dançar, erguia os bracinhos balançando o corpinho. E numa noite, em 1º de março daquele ano, que me acordou: 'Mamãe, mamá'. Foi a primaira frase. Eu, derreti.