***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

terça-feira, agosto 28, 2007

Casal 20

Minha 2ª valsa com meu 1º (e único) namorado...Que emoção!


domingo, agosto 26, 2007

O baile
































quinta-feira, agosto 23, 2007

Grande momento

Um dos grandes momentos da mamãe. A grande conquista mesmo vai ser atuar como profissional na área, mas a sensação é um pouco de vitória , de orgulho de si próprio em saber que é capaz. Sou Engenheira Civil e amo o que estudei.


sexta-feira, agosto 17, 2007

Duas recompensas!




domingo, agosto 12, 2007

Na terra da garoa


sexta-feira, agosto 10, 2007

Alguns momentos que foram registrados
quando o Gustavo estava com 6 meses:

É uma das fases mais gostosas, pois já nos reconhece só de ouvir falar! Dão aquelas gargalhadas mais gostosas e babonas do mundo, entende muita coisa que a gente fala, brinca, chora menos e cada dia mais lindos...
Ai, ai...dá tantas saudades...
Tô me lembrando que às vezes ríamos de alguma coisa dele, ele demonstrava que não gostava: no meu colo, ele olhava pra minha cara franzindo a testa com uma cara de pára de rir, eu não gostei! Tão bravo! Não tinha como não rir de novo...


sábado, agosto 04, 2007

A cirurgia – Parte II

Durou os 40 minutos mais angustiantes da minha vida. O tempo todo fazendo oração, porque não somos nada neste mundo a ponto achar que nada vai acontecer conosco, que as coisas só acontecem na casa do vizinho. E que qualquer ato cirúrgico envolve riscos.
O médico me chamou, perguntando se eu queria ver o que ele retirou do Gustavo. Pensei por um segundo em nada e aceitei. Abriu uma gaze com uns pedacinhos de carne sangrada, um menor que ele disse ser a adenóide e outros dois do tamanho e parecidos com testículos de porco (sei porque meu pai já castrou muitos aqui em casa. A comparação é horrível, mas é verdade e o que me lembrou na hora) que eram as amídalas. Achei grande pro tamanhozinho da garganta dele. Comentei um 'por isso que ele não tava respirando' e ele me disse que já ia liberar o Gustavo assim que ele acordasse.
Antes eles levavam pro quarto ainda dormindo pra acordar naturalmente, mas minha tia disse que agora eles acordavam na sala mesmo e à tapas na cara. Não sei como foi, mas a enfermeira abriu a porta dizendo que só tava esperando subirem com a guia e me mandou ouvir o choro dele, que já tava acordado. Aí chegou umas duas vezes com ele no colo e quando ele me viu, chorou mais ainda e ela voltava com ele pra trás por causa da maldita guia!
Tem horas que me dá tanta raiva de ser uma mãe que sente muito, mas faz pouco. Tipo assim: tem aquelas que ficam cercando a criança a cada passo e a qualquer ameaça, já tão elas agarrando antes de irem pro chão. Aquele senso de urgência. Eu não, quando me dou conta da cena, já capotou e tá chorando. Minha prima Lu, que é psicóloga, disse que a carga de adrenalina no meu cérebro deve ser tão alta que me anestesia. Aí fico sem ação, não porque eu quero.
Mas eu queria ser daquelas mães que viram uma leoa pra defender a cria, sabe. Porque eu não entrei arrombando tudo e pegando meu filhinho nos braços? Na terceira vez, a tal guia chegou e ela resolveu me entregá-lo. Tadinho, ele cansado já de chorar, me perguntou choramigando: 'Mãe, isso vai acabar?' Foi de cortar ainda mais meu coração...Respondi que já tinha acabado e ele desesperado: 'Eu não tô conseguindo falar!' Mandei ele ficar quietinho, que ele tava comigo agora e eu ia ficar com ele.
Ele não vomitou, mas cuspiu muito sangue junto com saliva. Aí ele ficou geladinho, tremendo. O termômetro marcou 35°. Pedi cobertor não sei quantas vezes, até me dizerem que não tinha. Outra ocasião de eu virar uma leoa e fiquei atônica: eu tava pagando afinal! Na portaria, assinei um documento prometendo zelar pela TV e telefone do quarto, que nunca vi: me mandaram pra ala do SUS junto com uma criança que tava internada com bronco-pneumonia e meu filho recém-operado. Depois não sabem de onde vem as infecções hospitalares! Com certeza cobraram a diária de mim e iam cobrar do SUS também. O pior é que a mãe desse menininho que me emprestou o ededrom dele pra cobrir o Gustavo. Passei miudinho com medo dele se contaminar com a doença do outro até minha irmã poder trazer depois do almoço o dele. Depois que minha mãe veio dizer que dava frio mesmo quando passa o efeito da anestesia...Por mais que a gente tenta se informar pra prevenir, não é o bastante.
Quando minha irmã veio, ainda tive que sair falando com meia dúzia de gente na cozinha pra me arranjarem uma mamadeira de leite frio porque tinha vindo no copo e ele não conseguia tomar. Mesmo com a mamadeira ele não quis. Às 16:00 o médico passou no quarto e deu alta. Em casa ele não quis saber de cama não. Ficou atrás do Vinícius; sem conversar, nem a saliva engolia, pediu o paninho e ficava cuspindo nele. Só empurrou meia pêra pra dentro porque insisti muito. Aí tudo o que eu comprei, foi mais eu e o Vi quem comeu. Foram 10 dias se alimentando mais ou menos e conversando com uma voizinha fininha, que eu fiquei com medo de ficar daquele jeito. Eu falava que parecia aquele comercial do Nhenhenhem.
Depois da recuperação, a voizinha continuou por mais um tempo, mas o apetite...Bem que uma senhora no ônibus de São Paulo pra cá me disse que eu ia ver outro filho. O menino perguntava toda hora: 'Mãe, o que eu vou comer?' E os roncos? Na mesma noite, foi um silêncio tão grande que eu acordava e punha a mão nele pra ver se tava respirando.
Com um mês o médico pediu retorno e como eu tinha consultado sem marcar, achei que podia fazer o mesmo. A secretária pediu pra marcar pro outro dia, mas eu fiquei com tanto desânimo em me arrumar e ao Gustavo tudo de novo e aí voltar à pé outra vez...que armei um barraco, que eu esperava até o final, que eu tava de viagem pronta pra São Paulo com proposta de emprego (ai que sonho...), que o meu oftalmo me recebe nem se for por 2 minutos qualquer hora que eu for lá, e chorei as mágoas...e fiquei lá firme e forte. O Gustavo se arrastando pelo chão, subindo pelas janelas, espalhando revistas pela sala toda...Até que a garota viu que eu não ia desistir mesmo e foi lá com cara de 'que saco' falar com o médico pela décima vez.
Entrei pedindo mil desculpas e ele justificando que havia faltado uma pessoa. (Ah, vai, não tava tão lotado assim...o do oftalmo fica duas vezes com mais pessoas). Olhou a cicatrização, confirmou que estava tudo bem, receitou uma vitaminazinha e se despediu. Custava? Foi realmente 2 minutos. E eu precisei fazer todo aquele escarcéu. Bom, dessa vez eu reagi, né?

quarta-feira, agosto 01, 2007

A cirurgia - Parte I

Fiquei buscando na Internet tudo o que podia sobre o assunto. O Anderson ficou me xingando que era culpa minha, que era genético da minha família. Aí li que não tem nada a ver com genética. Acontece que depois de a pessoa sofrer alguma infecção forte no sistema respiratório, principalmente criança em fase de crescimento, a reação de defesa do organismo é fazer com que as amídalas e esse tecido adenoideano aumente de tamanho pra proteger o interior do organismo. Quando crescem além de certo grau, pode não voltar ao tamanho original se dando o contrário: passam a provocar as infecções por acúmulo de bactérias. Lembra que isso começou depois que ele esteve internado com 'bronco-pneumonia'.
Os médicos se dividem nas opiniões no caso de se adotar a cirurgia. Uns não aprovam, pois o organismo passará a não ter essa defesa primária que seria importante. Outros já opinam que o organismo possui mais defesas e além de provocar as muitas infecções, isso pode deformar os ossos da face que passam a não se desenvolver da forma correta devido à respiração oral.
Apesar de se tratar de uma cirurgia simples, a pessoa tem alta no mesmo dia, mas mãe já viu. O pior é que eu queria detalhes e não achava nada. Só que o principal risco era a anestesia, citava a intravenosa e a gasosa, mas não mencionava do que era e como agia no organismo. Relatou um insignificante número de hemorragia pós-operatório, que só de ter ocorrido em alguém, já não acho insignificante assim.
Minha mãe, que passou por isso com meu irmão e também ela mesma já operou as amídalas, me preveniu que dava vômito depois que acordava da anestesia, que ficava uns dois dias meio enjoadinho e mole. Minha tia, que já passou por uma cirurgia na coluna, me contou que acordou durante a anestesia e que sentiu os médicos mexendo nela e não conseguia dizer pra ninguém que tava acordada, até forçar dormir de novo. Já fiquei com aquilo na cabeça, e uma criança de 4 anos se passar por isso? Se a anestesia não for suficiente pra mantê-lo dormindo até o final? E a tal anestesia? Eram mil perguntas que pairavam sobre minha cabeça enquanto a tranqüilidade do médico me confortava e apavorava ao mesmo tempo. Ele só respondia e por alto o que eu perguntava e já sabia a resposta de consultar a internet.
Na véspera fui ao supermercado e comprei muitos potes de papinhas, achocolatados, leites fermentados, gelatinas, sorvete, frutas, tudo de mais fácil pra ele se alimentar depois. Tinha que ser tudo líquido ou pastoso e gelado pra ajudar na cicatrização. Fiz o Anderson pedir o dinheiro pro irmão dele. Minha família já tava pagando tudo ora essa! Por um milagre, a mãe dele deu R$30,00 pra comprar os remédios depois da cirurgia. Existe um coração de vó neste momento, debaixo de tanto egocentrismo...
E fui eu, apavorada que só, no dia 5 de outubro de 2006, levá-lo a Santa-Casa. O Anderson xingando que eu tava correndo pra chegar cedo, mas eu detesto atraso e assim ele foi o primeiro. Tinha mais duas crianças pra operar adenóide também. E nessa minha luta que vi o quanto é comum em muita criança e o quanto as mães sofrem atrás de alívio.
Ainda tivemos de esperar o atraso de 2 horas do anestesiologista. Nos meteram num corredorzinho apertado com os vestiários dos funcionários pra botar aquela camisolinha no Gustavo. Ainda pedi pra falar com o anestesiologista pra mostrar os exames pré-operatório pra ele, me atendeu no corredorzinho mesmo e olhou os exames por cima quase se rindo a minha aflição (com tão pouco: na opinião deles) e eu perguntando que tipo de anestesia ele ia aplicar (como se fizesse alguma diferença, sendo que eu não sabia afinal o que era cada uma).
O Anderson que trocou ele no vestiário masculino e ficaram sentados num banco lá dentro. Eu fiquei na porta, olhando pra ele tão alegrinho, brincando todo inocente e aparentemente saudável sem saber pelo que ia passar...Me deu um remorso, uma tristeza tão grande, um medo tão grande...Eu me odeio por isso e acho que deveria passar por uma terapia, mas eu sou muito pessimista, em toda ocasião eu só sei imaginar o pior.
A enfermeira veio pegá-lo e ele se recusou a ir. Eu conversei e ele continuou arredio. Tentei pegá-lo à força do colo do pai dele e entregar logo pra enfermeira. O Anderson me deu um grito: Calma! Segurando o Gustavo com força e quase me jogando longe. E conversou com o Gustavo até que ele aceitou ir numa boa. Imagina se eu désse pra enfermeira à força e ele saísse chorando dando os bracinhos pra gente, o trauma que esse menino não ia ficar...Sei lá o que me deu, eu não conseguia nem chorar pra pôr pra fora aquilo tudo pelo menos. Ainda bem que o Anderson, a muito contra gosto (pois era contra a cirurgia: não suporta a idéia de doenças e hospitais), estava lá e com os pés no chão pra impedir de eu fazer essa maldade, sem pensar e sem querer.