***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

domingo, outubro 29, 2006

Coisas marcantes


A gravidez é mesmo uma coisa única e que deixa certas lembranças pra toda vida. Vou citar algumas que aconteceram comigo: Tive muuuita cãimbras na panturrilha, era só eu tentar me espreguiçar que travava, uma tortura. E olha que eu comia banana todos os dias! Era vitamina com frutas e cereal de manhã e com mel e aveia à tarde. Comentei com meu médico do pré-natal, um doce de pessoa, atencioso como pouquíssimos na rede pública; me receitou uma vitamina que foi uma maravilha.
Com 6 meses tive uma prisão de ventre horrorosa. Eu chorava, andando de um lado pro outro fazendo massagem na barriga, ligando pra um amigo meu que fazia medicina pra saber o que eu poderia tomar. Ele disse que tava com medo de ter virado pedra, me desesperei. Comi laranja com o bagaço, mas até fazer a digestão... Comprei supositórios de glicerina, mas não consigo usar esse negócio de jeito nenhum, não consigo ficar segurando lá dentro. É constrangedor, mas dizem que acontece por a criança começar a crescer consideravelmente a ponto de espremer o nosso intestino, e como eu já tinha antecedência de intestino preso, só piorou. O médico já havia me receitado um produto natural pra isso, mas não fazia nem cosquinha. Só sei que depois de um tempo, só consegui fazer o cujo me agachando do lado do vaso e fazendo tanta força que até fiz xixi junto ( eu morria de medo de fazer força e por o nenê pra fora). Depois eu não quis passar por isso nunca mais e, como aqui no quintal tinha pé de mexerica, todos os dias eu comia duas com bagaço depois do almoço e num telefonema com minha avó, nordestina: " Banana cozida de manhã, menina!" Desde de pequena que como e não me caiu a ficha antes! Meu médico me olhou com uma cara duvidoso ( não é científico) quando contei, mas funciona.
Falando em meu cardápio, eu comia...Li uma vez que a grávida não podia passar mais de 3 horas sem comer alguma coisa e, de primeira viagem, inclui as noites também. Por fim , eu já estava levantando 3 vezes pra fazer um lanchinho. Tomava leite gelado com umas rosquinhas de coco açucaradas que descia tão gostoso... Resultado: fui parar no pronto-socorro uma vez pra tomar Votaren por uma dor de dente horrível e no final da gestação eu engordei 21 quilos! Fiquei enorme, toda inchada, meu nariz parecia uma batata na cara. Minha irmã disse que até minha voz mudou! E fui parar no pré-parto do hospital porque sangrei o nariz durante a noite e achei que era a pressão subindo. O médico de plantão me explicou que tinha sido vasinhos que estouraram pela dilatação. Eh, cada uma...Por causa desse peso todo, eu tinha dificuldades pra respirar e não conseguia dormir deitada mais, passei os últimos 3 meses dormindo literalmente sentada.
E as vontades? Até que tive poucas. Me lembro de comprar Corneto de morango que era lançamento, e detalhe: nunca fui fã de sorvete de morango. Peixe assado e espremer limão por cima...quando meus pais vieram, meu pai já tem paixão por peixe, comprou na hora e minha mãe fez. Feijoada. Ainda não conheci uma grávida que não me dissesse que teve vontade de comer, é impressionante! Minha prima Lu disse que comeu com as dores do parto! Comprei uma de lata, de tanta que era a vontade. Depois descobrimos um marmitex que entregava dia de sábado. A única coisa que não comi foi milkshake de coco. Segundo os mais antigos diriam, meu nenê nasceu com uma manchinha branca na coxa por causa disso...
E saindo dos assuntos gastro...os chutes! Do bebê na barriga. Que delícia é sentir a vida alí dentro da gente...Aí ele passa a ser uma coisa real e uma companhia...Quando a gente conversa e ele responde, é inesplicável essa sensação, nem com mil palavras daria pra definir...Eu jantava e me sentava na cama pra assistir novela e ele chutava tanto! A barriga parecia uma gelatina, levantando e abaixando, mas durinho, devia ser o pézinho. Eu pegava e brincava e falava: " Cadê o companheirinho da mamãe?" E ele chutava...

quarta-feira, outubro 25, 2006

Visitas e presentes



Em janeiro minha prima Paty e o namorado vieram pra um casamento e se hospedaram em casa. Admiraram o tamanho que já estava a minha barriga com apenas 4 meses de gestação. De frente e principalmente de costas nem dava pra se notar porque ainda tinha cintura, mas de lado a barriga já chegava primeiro de tão pontuda!
Me trouxeram um sacão de guloseimas: tinha bolachas, chocolates, cereal, achocolatados e etc. Ela me disse que como toda grávida é cheia de desejos de coisa boa...que se ela estivesse também ia amar ganhar um presente assim. E eu amei é claro! Não somente pelos doces, mas pelo carinho e apoio, apesar da decepção de todos em eu me tornar mãe solteira na família. Tenho uma gratidão especial pelas três: mãe ( minha tia) e irmã dela ( Gal) também. Ela me deu uma sandalinha branca, a irmã mandou um banho-de-sol amarelinho e todos dedicaram um cartão lindo cheio de bebezinhos, até a filhinha da Gal de 2 anos deixou o contorno da mãozinha.
Meus pais vieram em fevereiro. O encontro foi cheio de explicações de como deixei isso acontecer e tal, mas minha mãe logo foi desfazendo as malas e dando fraldas com borda bordada por ela e minha irmã, lençolzinhos com froinhas e travesseirinho que ela mesma cortou e costurou, as mantas que foram minhas, pagãozinhos...minha avó mandou toalha de banho, minhas tias conjunto de mamadeiras, macacãozinho, conjunto de escova e pente, prendedores de chupeta, fraldas descartáveis...
Minha mãe riu tanto quando almoçávamos e eu contei que o bebê chutava forte quando eu estava comendo. Ela falou que parecia que ele queria pegar a comida antes de mim. Outra hora, esbarrou na minha barriga e pediu desculpas pro bebê. Meu pai pôs a mão na minha barriga e perguntou se ele chutava muito. Eles já começavam a demostrar o grande amor que, hoje eu sei, sentem pelo netinho...
Minha vizinha, que me viu crescer, também foi muito carinhosa conosco ( eu e o bebê). Além de cobertorzinho, macacãozinho, fraldas, camisetinhas (toda vez que saía trazia alguma coisinha pro bebê); também me dava suco de beterraba, comida com feijão, couve e fígado, fez uns biscoitinho de polvilho e café porque eu disse que tava com vontade de comer de me lembrar que ela fazia na nossa infância...Ela pra mim vai ser sempre uma carinhosa lembraça...
E como não podia faltar: a visita de minha prima Lu! Trouxe um macacãozinho amarelo e um conjuntinho azul de linha que deixei pra saída da maternidade. Fomos nadar nas cachoeiras e ela tirou a 1° foto da minha família e pra falar a verdade, a 1º com meu namorado. Ficou tão linda! Eu cobro o negativo pra ela até hoje...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Delícias da gravidez




Estive revendo o ´tão marcado e desesperado´ 1º ultra-som que fiz. Ele tinha 2,5cm! Imagina o que é isso! Tão pequenino e quase formado...os bracinhos e perninhas só tinham os cotoquinhos e o danadinho já sacudia e se espichava todo...Que coisa mais linda de meu Deus um milagre tão emocionante assim: a multiplicação dos seres...
Com 17 semanas comecei a sentir o bebê mexer, lá no fundinho, como umas vibraçõezinhas. Uma prima minha definiu como um celular vibrando e outra como asas de borboletas batendo, quando estiveram grávidas também.
O 2º ultra-som foi no dia 18 de janeiro de 2002. Eu não conseguia ver nada, só umas bolhas. O 1° tinha sido transvaginal particular foi outra coisa ( o meu namorado tava fazendo um bico na época e levantou a grana), mas os demais teve que ser SUS mesmo e aí já viu né: equipamentos de mil novecentos e bolinhas...Perguntei se já dava pra saber o sexo; a médica não quis dar certeza, disse pra eu não sair comprando tudo azul, mas a assistente dela falou ( quando a médica deu uma saidinha) que deu pra ver o saquinho e o pipiuzinho direitinho sim. Ah, pra mim não tinha notícia melhor! Por 3 motivos:
1° o meu pai ia ficar muito feliz e orgulhoso e aliviaria a decepção dele
2° o meu namorado também, sei que o amor é o mesmo, mas homem sempre quer ter o orgulho da prole ´varão´ no mundo e ainda mais por não estarmos casados, isso nos manteria mais unidos e ele apegado ao filho ( mais amigo)
3° eu confesso: sempre sonhei e queria ter um filho homem primeiro. E eu estava certa em todos esses motivos.
Meu namorado tava trabalhando fora e me ligava todo dia. Dei a notícia: ´Você vai ser pai do Gustavo!´ Ele: ´Ah, é? Quer dizer que a Maísa ficou pra uma próxima...´Foi os nomes que escolhemos. Quer dizer eu escolhi e ele concordou. Só tinha dado palpite de Jeferson se fosse menino, acho que pra combinar com o dele que é Anderson. Achei feio. Sobre o comentário dele, acho que falou da Maísa só pra querer dizer que não se importaria se fosse menina, esse tipo de coisa... mas vejam como ele só opinou em nome pra menino!
Em janeiro, num passeio de domingo com ele vimos um bercinho na vitrine de uma loja. Achei lindo, me apaixonei que já tava até sonhando com ele. Voltei durante a semana só pra saber quanto era. As moças facilitaram tanto que acabei comprando em 4 vezes, sem entrada nem referência e ainda entregaram no mesmo dia! Quando o Anderson chegou e viu o bercinho no meu quarto ficou todo encantado. Ficamos um tempo juntos olhando pro bercinho ( que veio até com colchão) e imaginando o nosso menino alí...

domingo, outubro 22, 2006

A Notícia



Vou começar com minha história desde do dia em que fiquei sabendo da existência do meu melhor motivo pra viver : No dia 10 de outubro de 2001, peguei o resultado do exame e, à caminho da faculdade,eu lia sem poder acreditar que positivo era POSITIVO. Foi difícil dar a notícia pro meu namorado e pros meus pais. Ele se desesperou e meus pais, que receberam a nova por telefone, nem almoçaram no dia. Passado e conformado à todos, dia 19 fui ao médico levar o resutado; ele fez as contas e eu já estava com 7 semanas e 1 dia.
Sei que não é o ideal ter um filho assim: cursando a faculdade, solteira e vários outros motivos. Eu confesso que imaginava tudo como se deve ser: trabalhando, casada, em minha própria casa e etc, mas já que o pequenininho já tava ali se formando dentro de mim, a felicidade se mostrou presente e, apesar das dificuldades, eu estava feliz com meu companheirinho, meu motivo pra viver.
Nos primeiros exames que fiz já dei a primeira ´tempestade no copo de mãe´: tenho a infeliz mania de abrir os exames dispistadamente antes dos médicos e achar que entendo alguma coisa...Ah, desesperei achando que tava com rubéola! Marquei um ultra-som com o 1º médico que vi na lista telefônica e só sabia chorar.
No outro dia fiz umas ligações pra uns laboratórios pro meu namorado também fazer o teste e uma moça me explicou que meu resultado queria dizer que eu já tive a doença ( em forma de vacina) e que tava imune. Foi um alívio tão grande...mesmo assim fui fazer o ultra-som, não aguentava mais de curiosidade pra saber como ele tava.
Mas quando vi aquela vidinha se formando lá dentro de mim, tão bonitinho, tão pequenininho...tava lá quietinho, protegido, tranquilo... ele mexeu os bracinhos se formando, foi uma emoção tão grande! Essa imagem nunca vai sair da minha mente. É maravilhoso! Tão lindo! O coraçãozinho batendo a 174pm, se espreguiçando...É um amor novo sem explicação.