***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

domingo, fevereiro 24, 2008

Um bichinho de estimação


Gustavo ganhou um bichinho de estimação. Meio no impulso e por pressão do momento. Já tem um ano que comprei um peixinho beta pra ele, que ele chamou de Azulzinho depois de ver um episódio do Menino Maluquinho dar o nome do peixinho dele de Vermelhinho. Mas ele não liga muito pra ele, acho que não combinou com o jeito 220 Gustavo de ser...Rsrsrs.
Meus pais vieram no fim do ano. Dois dias antes de irem embora, meu pai me aparece com um galo de uma roça e solta no quintal. Gustavo queria dar arroz e milho de pipoca o dia inteiro pro bicho. A vida dele era o galo. Ficava vigiando e vinha relatar tudo o que o bicho fazia numa empolgação...E minha mãe dava corda...chamava ele pra dar água pro galo, dar arroz, arrumando as vasilhinhas, o puleiro pra ele dormir...
Aí chegou o dia de irem...e levar o tal galo. Gustavo já tinha ficado triste por conta de que o Anderson enfiou na cabecinha dele que íamos morar em SP (por conta da briga que tive com o traste que minha irmã arrumou), que ele ia visitar a gente lá e tals e minha mãe veio explicando os motivos porquê não dava pra irmos pra lá; Gustavo, quando pensávamos que não, tava prestando atenção e entendeu tudo, indo chorar na cama porque ele gosta de SP e tava todo empolgado com a idéia de ir pra lá.
Pois é, o Vinícius tava viajando com a mãe dele e os avós foram embora, não levaram ele e ainda levaram o tal do galo...o menino perdeu o sentido da vida. Na mesma hora que foram, o Anderson sugeriu então de comprarmos um pintinho pra ele. Dei o nome de Zequinha, já que o Gu não tem muita imaginação pra por nomes. E custou aprender! Chamava o bicho de Zezinho ou vinham me perguntando: ‘Como é mesmo o nome do meu pintinho?’ Agora tô eu tratando e limpando gaiola de bicho. Coisa que tô detestando e morrendo de nojo de fazer.
No início, deixei que soltasse o bichinho pela casa, que ficava correndo atrás da gente aonde íamos. Na cozinha, era um alarme pra não pisar nele, que tinha a cor do chão. Às vezes escapava um chute que mandava o pobrezinho longe...Chegava a dormir no pé da gente. Se bobeasse subia até no colo! O Gustavo fez a festa: jogava o bichinho pra cima pra ver voar, saía correndo e o danadinho chega derrapava e se tropeçava todo pra acompanhar o menino, se escondia só pra ver o talzinho piar desesperado à procura dele...essas coisas de moleque. Mas limpava a sujeira que o bicho fazia, direitinho. E assistia desenho com ele no colo, virou o companheirinho dele.
Na primeira noite, dormiu no quarto com a gente, mas não parava de piar. Queria alguma coisa pra se esconder debaixo. Tive a idéia de improvisar uma mãe pra ele. Arrumei um trapo de toalha e coloquei por cima dele na gaiola, aí dormiu. Depois foi ficando por cima do trapo e sujando tudo o pano que parei de colocar e fiz logo um puleiro lá dentro . Na segunda noite pus ele pra dormir no outro quarto que tem aqui e é mais escuro.
Agora já tá um franguinho. Adolescente com direito a espinha e tudo. Tá crescendo um caroço debaixo do olho do bicho que sei lá o que é aquilo. Daqui a pouco vira outra cabeça de tão grande que tá ficando. O tamanho e quantidade da sujeira tá aumentando proporcionalmente e o cheiro tá de lascar. Por isso, agora só fica na gaiola e passa o dia no quintal. À noite ainda guardo dentro de casa por conta dos gatos que tem por aqui e já acabaram com uma família inteira de canarinho que meu pai tinha. Não é á toa que a gente não gosta de gato aqui...
Olha, eu tô pra ver bicho mais esganado que galinha. Tão com o papo cheio, quase pra estourar e querendo mais. Eu tenho que subir o pote na grade pra colocar o farelo senão ele enfia o cabeção na frente. E ali fica num desespero bicando tudo e tentando enfiar a cabeça pra alcançar. Quando abaixo, o bicho engole numa gulodice que dá até um troço na gente de olhar. Eu heim! Pior que cachorro.
Logo vou ver um canto pra ele no quintal de vez, mas ando tão desanimada de pensar em cuidar dessa bostaiada toda que queria dar um fim. Imagina ter um frango no quintal até morrer de velho! Gustavo tinha concordado em dar o bicho pro vovô quando tivesse grande, mas o Anderson tem dó e já tirou o menino de cabeça. Vou fazer os dois limpar agora. Chega!

P.S.: O coelho foi só pra lembrar que agora ele não pára de pedir um...socorro!!! Se dependesse dele tínhamos um zoológico aqui em casa!

domingo, fevereiro 17, 2008

Meu companheirinho

Gustavo pode estar meio rebelde, não ser muito carinhoso, mas graças à Deus tem um bom coração. Fiquei doente mês passado, acordei cedo pra fazer o exame papanicolau e depois do almoço travei de dor na coluna. Tava andando até encurvada pela casa (Eu já vinha tomando Voltaren pra aliviar por uns dias). Aí tive febre à noite e o Gustavo ficou cuidando de mim. Me trazia água, me cobriu e quando eu disse que ainda estava com frio, ele me cobriu com o cobertor dele, ficando só com uma colcha que foi do berço, fininha. É claro que quando ele adormeceu, eu devolvi o cobertor e dei um jeito de me cobrir com a colcha da minha cama também, mas vejam que lindo gesto dele!
No dia seguinte acordei ruim, mas precisava fazer compras. Arrisquei ir de ônibus e no mercado as vistas começaram a escurecer, os ouvidos tamparem...eu agachava no chão pra não desmaiar...Gustavo tava comigo e precisavam ver que gracinha: empurrava o carrinho, escolhia as frutas e ia pro balcãozinho pesar, pegou cafézinho pra ver se eu melhorava...todo empolgado e prestativo. Eu me levantava e passava mal de novo. Até que me sentei num cantinho e a moça que pesava notou o Gustavo pra lá e pra cá sozinho e veio me acudir. Saí amparada por ela até o PSF do outro lado da rua, onde me consultaram a pressão e tava 7:5. Chamaram a ambulância na mesma hora. Ainda bem que o mercado é perto da casa do Anderson e essa moça levou o Gustavo pra lá. Tadinho, ele tinha ficado sozinho na porta do mercado, sem entender nada; e ficou bonzinho de mão dada com a moça quando ela foi buscá-lo e veio me perguntar o endereço.
No pronto-socorro, todo mundo com dó de mim por estar sozinha. Ligaram na prefeitura atrás do Anderson. Ele mais tarde passou por lá pra me ver. Tomei 2 litro de soro na veia e uns remédios junto. Fiquei por lá umas 4 horas acho. Passei numa lanchonete ao lado pra fazer um lanche e não correr o risco de desmaiar. Uns salgados tão ruins! Eu queria um copão de vitamina e um prato de legumes. Era tudo o que eu precisava. Vim pra casa de ônibus.
Fiquei sozinha em casa. O Anderson passou pra me ver e levar umas roupas pro Gustavo. No outro dia acordei pior. Uma febre atrás da outra, uma fraqueza nas pernas e percebi que meu problema era infecção urinária. Nunca na vida tive isso. Há alguns dias eu vinha fazendo xixi com um cheiro mais forte e duas vezes tinha ido fazer um tico só de líquido com sangue que desceu rasgando o canal de tanta dor. Eu tinha até comentado com a enfermeira que fiz o papanicolau, mas não pensei que fosse ficar tão ruim assim.
Enchi o cesto de roupa suja de tanta roupa molhada de febre e xixi que não conseguia segurar até chegar no banheiro. Coisa lastimável que é o ser humano, né? E ainda tem gente que se acha por cima da carne-seca, fica doente pra ver como não passa de um nada no mundo...Mesmo que tenha dinheiro, vai descobrir um câncer avançado pra ver se não vai sofrer com qualquer outra pessoa, se apodrecer em vida e dinheiro nenhum do mundo vai dar jeito.
À tarde o Anderson chegou do serviço e me encontrou derrubada na cama. Até ligou desesperado pra minha mãe. Ela ligou à noite e me deu o nome de um antibiótico. Aí que comecei a melhorar. Parei de tomar dipirona pra febre, porque eu suava igual uma bica e dava taquicardia. Agora vou aproveitar que eles vêem pra cá e vou passar em um médico, pois acho que continuo com a tal infecção.
Engraçado que minha prima tinha acabado de postar em seu blog sobre a idade e descobrir várias coisas a respeito de sua saúde, como coluna com desvio e até pressão alta. Minha outra prima ligou e falou estar com problemas na tireóide e outra coisa que fugiu da cabeça agora. Disse que comentou com o médico que nunca antes tinha esses problemas, ele lhe respondeu que a partir dessa idade vão começar a surgir muitas coisas que antes nunca tinham acontecido. É, os 30 chegando...estamos envelhecendo...minha vida estacionou, mas os anos estão passando...nas rugas das mãos e dos pés, no ressecamento da pele, na profundidade das marcas do rosto, na flacidez das carnes...no crescimento de meu filho.
E querem saber mais: Gustavo outro dia no almoço me disse que toda vez que eu bato nele, ele se lembra de todos os favores e cuidado que teve comigo quando estive doente...Minha reação? Eu chorei. Me atirem as pedras aqueles que defendem o não às palmadas e que eu critiquei anteriormente. Eu tenho coração gente, não bato tanto assim, só quando ele desobedece até ultrapassar os limites da paciência humana. Humana não, de mãe, que é um tanto maior. E procuro acertar o bumbum e as coxas, apesar de ele se deitar no chão esperneando. Mas conversei com ele que se obedecer direitinho o que pedimos, eu não vou mais perder a paciência e bater. Que o amo e não gosto de fazer isso, dói muito mais em mim. Quando ele teima demais, eu aviso antes que não quero bater. Diminui a freqüência das surras também. É o último recurso.
O sistema do castigo à la Super Nane? Eu já fiz. Por fim ele achava graça ficar de castigo e nem ligava. Eu queria mudar o método pra cortar as coisas que ele gosta de fazer, como assistir a determinados desenhos ou não deixar brincar na rua com o vizinho, não comprar algumas besteira ou brinquedo, mas aqui em casa é complicado. Eu custo impor uma educação e os outros tiram: é porta que só têm mão pra abrir e deixam arreganhada, é chiclete, bala e salgadinho que aparece na mão de menino, é tv que ligam... É horrível morar duas famílias na mesma casa, porque minha irmã já é outra família. E agora ainda por cima, trouxe um estranho pra dentro de casa que no inicio foi muito educadinho, prestativo e bonzinho, mas agora a máscara caiu e tem começado a abrir as asinhas aqui dentro de casa e me rendido muita briga e dores de cabeça. Cada vez mais eu queria ter logo a minha casa...

Com 4 anos







terça-feira, fevereiro 05, 2008

Tempo, tempo, tempo, tempo...


Pois é, tenho um garoto de 5 anos em casa. Às vezes fico a olhar pra ele e pensar: o tempo voa mesmo. Outro dia à noite me lembrei quando fomos à praia com eles bebês e na primeira noite, o calor era tanto que ele acordou chorando muito. Foi uma das poucas noites que tive paciência. Fui andar com ele pelo corredor do prédio, onde tava mais fresco. Cheguei perto de um vitrô e fui mostrar as luzes da rua. Aí fiquei ninando até que dormisse. Puxa, o que eu não daria pra voltar o tempo e fazer tanta coisa diferente: ter tido mais paciência, ter aproveitado mais os momentos, ter curtido mais meu bebê ao invés de somente ter cuidado dele.

Agora, a impressão que eu tenho é que sempre o tive deste tamanho: falante, independente...Até porque ele buscou a independência muito cedo! Andou com 8 meses, com 1 ano e meio já calçava os calçados sozinho, não aceitava ajuda e nunca errou os pés. Com 3 anos quis se vestir sozinho, pegar água sozinho e agora quer fazer quase tudo e quer privacidade no banho e pra se trocar! Ele recusa beijos e abraços que são dados à força, faz chantagens pra dar um beijo ou um abraço, tem nojo de mim em beber no mesmo copo ou me dar um pedaço de algo, mas do pai não. Aprendeu na escola um final da parlenda que recita: ‘Hoje é domingo, pé de cachimbo...’ um tal ‘...vai trabalhar seu vagabundo!’ E agora volta e meia está me xingando de vagabunda e vaca, o que lhe rende uns belos tapas na boca ou chineladas no bumbum. Já conversei também, pedi, expliquei que não pode, mas tem horas que a linguagem da vara é mais bem entendida. Ele tem diminuído a freqüência desses xingamentos.

P.S.= Deus nos orienta na Bíblia a disciplinar os filhos com a vara: ‘Quem refreia a sua vara odeia seu filho, mas aquele que o ama está a procura dele com disciplina.’ – Provérbios 13:24. ‘A vara e a repreensão é que dão sabedoria; mas o rapaz deixado solto causará vergonha à sua mãe.’ – Provérbios 29:15. ‘A tolice está ligada ao coração do rapaz; a vara da disciplina é a que removerá para longe dele.’ Provérbios 22:15. ‘Não retenhas a disciplina do mero rapaz. Não morrerá se lhe bateres com a vara.’ Provérbios 23:13. Claro que com consciência e bom senso, que se tem lugar pra bater e certa intensidade de força, nada de espancamento. Isso não. E é tão certo isso que minha mãe sempre deu boas surras na gente e nem por isso tenho raiva dela, pelo contrário, o amor é o mesmo. E do mesmo jeito é ela com a mãe dela...Acho um absurdo essas campanhas em querer punir os pais até por um tapa (na cara não que acho horrível, isso não é coisa pra criança levar; nem em público), mas no bumbum tudo bem. É exagero desse povo. Por isso tem tanto jovem no mundo fazendo atrocidades...com tanta liberdade e falta de punição que os pais criam...Se não aprendem a ter respeito pelos pais, como vão respeitar o próximo? E penso que Deus que nos fez, ele sabe muito bem orientar como devemos disciplinar nossos filhos pra um melhor resultado.
Por falar em respeito: Gustavo ultimamente começou a me chamar de senhora. Perguntei se lhe ensinaram na escola, disse que não. Se na casa do pai dele, não. Foi assim: espontaneamente. Chama o pai de senhor também. Às vezes usa você, mas na maioria tem sido os tais pronomes de tratamento. Eu nunca fui ensinada a chamar meus pais assim, só as avós; mas não vejo falta de respeito em tratá-los de você. Não acho isso essencial pra um relacionamento entre pais e filhos. Existem coisas muito mais importantes que envolvem o respeito que exigir um simples pronome de tratamento. Nunca iria ensinar este tipo de coisa ao meu filho; nem pra ele se dirigir aos avós ensinei. No entanto, eu prefiro não me opor, ele tem direito a se expressar como quiser neste caso. Mas que senhora envelhece a gente...Tô achando tão esquisito...



Ainda não comentei que ele gosta de dar flores. Desde os 3 anos quando comecei a trabalhar e a vó dele me trazia ele à tardezinha, falou um dia que ele viu uma flor no meio do caminho e pegou dizendo que ia trazer pra mim. Eu que sempre sonhei em ganhar um buquê de flores de algum namorado e nunca ganhei, realizei a sensação com meu filhinho. Deste dia em diante, sempre ele pega todas as flores que vê pra dar pra mim. Não é lindo?

Ele agora deu pra querer dormir segurando minha mão. Quando se ajeita na cama o eu o cubro, logo aparece uma mãozinha por cima da minha cama procurando a minha mão. Eu acho tão lindo. Fico segurando até que ele caía no sono. Às vezes me dá até uma câimbra, mas nem ligo só pra viver esse momento. É o único momento do dia em que ele aceita meu colo, meus beijos, acariciar os cabelos...E eu aproveito, pois fico a imaginar que logo virá o dia em que ele estará um homem, vem as namoradas...o casamento e aí não poderei dar mais meus afetos...


Com 3 anos


Meu mocinho!

Mamãe deu presente!!!




Prontinhos pra um passeio na praça
No casamento dos primos Patrícia e Carlos