***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

segunda-feira, junho 25, 2007

Cobiça de emprego

Voltei a trabalhar tentando me dedicar mais e me conformar, afinal eu precisava do dinheiro, que mal dava pro essencial, mas quebrava um galho, enfim.
Um pouco antes eu já havia passado uma semana turbulenta no trabalho com idas ao pronto-socorro, chegadas atrasadas com saídas adiantadas por ter comido um pão-de-forma de fabricação do supermercado daqui, que ia vencer dali uma semana, mas no outro dia após aberto, já tava todo embolorado. Não deu outra, passei mal na praça na hora do almoço, tendo que sair correndo até o banheiro público sem papel, onde pensei que fosse desmaiar de tanta fraqueza. Não consegui trabalhar e tive que tomar soro no pronto-socorro durante duas horas. Ainda bem que o Gustavo não quis comer, eu cheguei a dar uma fatia pra ele, que só deu uma mordida e largou. Aquilo podia matar uma criança.
Eu fui à vigilância sanitária, procurei um advogado e até no juizado de pequenas causas pra processar esse mercado. Cidade que tá crescendo, mas ainda vive na lei do arraial, já viu né: todo mundo conhece todo mundo...e o juiz chamou o gerente do mercado pra um acordo e já vi o tratamento camarada um com o outro..., que falei que ia pensar e no outro dia resolvi ir no mercado onde ele me devolveu o valor do produto em mercadoria e me deu R$50,00 pra comprar remédio e pagar o dia de trabalho que perdi. Durante umas 3 semanas iniciei uma terapia no postinho (eu tava a ponto de ter um surto), decidi parar porque já vi o descontentamento da patroa, por ser no horário do trabalho, mesmo que uma vez por semana.
E depois disso tudo e da internação do Gu, no belo dia 8 de março, a patroa me disse pra esperar depois do expediente que precisava conversar comigo. Achei mesmo que seria a respeito das faltas, apesar de eu ter levado atestado médico sempre... Mas aí disse que não podia ter alguém faltando assim, que não tava dando conta de manter 3 no caixa e tava me mandando embora. Eu aceitei, no fundo foi um alívio, mas também não ia adiantar eu chorar. Ainda acreditei um pouquinho nessa história dela de não poder pagar 3 no caixa, achando que ela fosse colocar o filho dela que há um tempo ela vinha treinando lá, mesmo ouvindo dias antes a filha dela cochichar com a tia que a Cris já tinha pedido as contas no emprego que tava (Sim, ela havia encontrado outro emprego...). E no outro dia a patroa me ligou pedindo pra levar a carteira pra dar baixa e 'quem' eu vejo sentada na cadeira em que eu trabalhava? Exatamente a 'cunhada amiga da onça'.
Ela me deu o emprego com uma mão e tirou com a outra. Pra vocês verem como é a falta de amor, egoísmo e ganância: ela sabendo que o irmão dela desempregado e estudando, com o único sobrinho que só eu sustentava, foi capaz de combinar tudo pelas costas com a patroa e pedir demissão do emprego pra tirar o meu porque ela gosta de trabalhar só ali. Pra ela e a mãe o mundinho só gira em torno do próprio umbigo. Mas o mundo em que eu vivo dá voltas e a vida dá o troco. Acredito muito nisso. Tenho certeza que tudo aquilo que vinha acontecendo comigo lá e na saúde do meu filho foi por cobiça desse emprego.
Quanto à patroa, eu fiquei com tanta raiva dela ter mentido que não podia pagar 3, sendo que já tava tudo combinado com a outra, que fui no contador (que é primo dela) e comecei a descer a lenha com o funcionário que foi cunhado da minha irmã, que ela foi muito infantil em mentir daquele jeito, que não sou nenhuma menininha pra ser tratada assim e ela uma mulher madura não devia se prestar a esse papel. E o primo ouvindo tudo lá do fundo. O funcionário me disse que, na realidade ela não precisava justificar a demissão; concordei que se ela procedesse assim, ficaria muito mais bonito da parte dela. Falei mesmo e hoje não olho na cara de ninguém de lá, não tenho estômago pra isso.
Com o dinheiro do acerto consegui comprar enfim meu instrumento de trabalho em minha verdadeira profissão: meu computador, que hoje vos fala. Que no início não fui muito feliz, pois com uma semana, já tinha queimado a fonte. E queimou mais uma vez, que deu problema no modem, na configuração do hardware, e esqueceram de instalar o AutoCad... e só era eu com essa CPU debaixo do braço à pé até a assistência da garantia. Há pouco descobrimos que a porcaria era o estabilizador. Foi trocar e até agora está tudo bem, a não ser a lentidão por causa da memória. As coisas não têm sido fáceis pra mim, viu. E os anos vão passando...

quinta-feira, junho 21, 2007

A internação

Eu tive que trabalhar no sábado pra pagar a semana que saí mais cedo e pagar uma vizinha pra ficar com o Gustavo. Só prejuízo... Pra complicar, a patroa veio me dizer que eu teria de trabalhar aos sábados porque tava apertando o movimento. Minha irmã, que tinha se separado do pai do Vi, veio embora de São Paulo pra me ajudar.
No início eu ia bufando trabalhar nos sábados e demonstrava esse descontentamento, principalmente porque o movimento não era tão grande assim e sim era pra ela tirar a irmã do caixa pra saírem passeando pelas lojas. E não é só: durante a semana, a filha dela saía às 5:00 pra ir pra faculdade, a irmã dela começava a fechar o caixa também, com a desculpa que era mais lenta pra fechar e à partir das 5:30, 5:45 todo mundo que entrava lá ela jogava pro meu caixa. Às 6:00, subia e ficava batendo papo de boa e só eu trabalhando lá embaixo. E sabe quanto ela recebia? R$1.000,00. Caramba, eu fico pensando: Porque não coloca só a família pra trabalhar então? Um empregado nessas condições fica revoltado! Só a Cris pra gostar daquilo, acho que nasceu pra ser capacho. Também a única ambição da vida dela é comprar roupa, ir nos baile e esticar aquele cabelo! Capaz de aposentar ali e ainda morrer feliz.
Em fevereiro de 2006 o Gustavo já vinha apresentando um quadro de várias febres e gargantas inflamadas. Algumas vezes eu chegava do trabalho e nem tomava banho, já saía correndo com ele pro pronto-socorro e era aquela bateria de antibióticos. Descobri que na escolinha, os berços eram só para os bebês e os demais que ainda dormiam à tarde, como o Gustavo, elas davam uma almofada e dormiam num tapete no chão. Ainda pedi pra não fazerem isso, pois a friagem do chão passa pelo tapete. Começaram a jogar o colchãozinho do berço no chão pra ele dormir, mas teve uma manhã em que ele tava ardendo em febre. Corri pro pronto-socorro de novo, uma médica que várias mães tavam torcendo o nariz por estar de plantão, foi a única que não teve dó de utilizar os recursos do SUS e mandou fazerem raio-x e exame de sangue no Gu. Ele tava com bronco-pneumonia e foi preciso internar.
Fiquei ainda umas 3 horas entre fazer outro raio-x e numa sala de espera na Santa-Casa com o menino até molinho de febre, aguardando a enfermeira-chefe liberar um quarto pra ele ser medicado. E o quanto é sofrido ver o pobrezinho ser furado e estar preso à um soro...Me senti incapaz, culpada por estar trabalhando e ter de deixar ele nas mãos de estranhos.
Ficamos 5 dias; eu, dormindo encolhida em uma cadeira de clube (que vira espreguiçadeira, mas sem caber o pés), sendo acordada pelo menos quatro vezes pra ver medicarem ele.
Tinha mais duas crianças no quarto com a mesma coisa. Uma bebezinha de 1 mês, a gente morria de dó, tava sem peso e doente e a gente viu porque: a mãe era daquelas adolescente que tem cara de 30 anos, mas juízo de 5. Doida da cabeça, que não merecia a graça da maternidade, diga-se de passagem. Além dela sair de 15 em 15 minutos pra fumar, isso quando não sumia e deixava a menina sozinha com a gente (eu não saía de perto do Gustavo nem ele com 3 anos, quanto mais bebezinho e eu não confiava em ninguém!); a coitadinha chorava tanto de fome, porque a mãe não tinha paciência de amamentar. Ela dava um peito e quando a menina pegava e ia começar a sair o leite mais consistente, o que engorda e sustenta, ela trocava o peito e assim que dava o tempo de a bebê começar nesse outro, ela já tirava e enfiava a chupeta na boca da menina. Era revoltante de ver! Não durava nem 5 minutos! Ou amamenta ou não, não é mesmo?
Meu pequeno ainda chegou fraquinho do hospital e fiquei mais um dia em casa pra cuidar dele. Numa culpa danada, pois até os 2 anos e meio esse menino se desenvolvia bem, era coradinho e sadio mesmo. Foi só eu começar a trabalhar, que ele desandou a ficar doente e mirradinho.

sábado, junho 16, 2007

Tsuname na minha vida

E depois que a Cris foi mandada embora, ainda faltou dinheiro no meu caixa mais umas duas vezes. Eu não entendia o que tava acontecendo... parecia mágica, sei lá. Não sei se alguém me passava a perna... A patroa dizia que eu devia estar zerando a máquina no meio das contas, mas eu tomava cuidado com isso e mesmo assim o dinheiro sumia. O pior é que acaba parecendo que é você quem está pegando, eu não sabia mais o quê fazer pra aquilo parar de acontecer.
A Cristiane ficou com raiva de terem mandado ela embora e sumiu. A filha da patroa ficou desesperada porque queria uma blusinha branca que a outra pegou emprestado e não conseguia falar com ela.
Como o Anderson saía às 5:00 da tarde pra estudar, a escolinha do Gustavo acabava às 6:00 e eu só saía da loteria às 6:30, era minha sogra quem pegava o Gu e trazia até minha casa. Aí a menina pediu pra que eu desse o recado da blusinha pra minha sogra dizer pra Cristiane. Na terceira vez (tive que insistir, a pedido da dona) que fui passar o recado, minha sogra disparou a falar que eu nem me lembro mais o que era, ficou descontrolada; só sei que tive que aumentar o tom da voz e falar: ‘Elza, escuta! A blusa é da menina, é obrigação da Cristiane devolver!’ Ela parecia ter entendido, ainda conversou mais um pouco e saiu tudo bem.
No outro dia o Anderson me ligou perto da hora do almoço, dizendo que tava na pracinha com o Gustavo, esperando dar a hora de entrar na escolinha e era pra eu dar um jeito de ir buscá-lo; porque a mãe dele surtou, que não ia mais me trazer o menino, que eu alterei a voz com ela cobrando a blusinha da menina e que interesse eu tinha nisso, que ela chegou em casa tremendo de raiva de mim e queria enfiar a mão na minha cara, que eu tomei o emprego da Cristiane e devia ter feito a caveira dela pras patroas botarem ela na rua e ficar comigo... E foi caraminholando coisas... Ele foi me defender dizendo que a própria Cristiane que saiu e me pôs no lugar dela na loteria, disse que a mãe dele pegou uma panela com água fervendo no fogão e só não jogou nele porque foi mais rápido e jogou ela no banheiro, trancado a porta. E o Gustavo vendo toda essa cena... O menino lembra até hoje... Aquela mulher é louca de hospício, gente. Totalmente desequilibrada. E descontrolou todo meu orçamento.
Tive que sair uma semana inteira mais cedo e pegar moto-táxi pra buscar o Gu na escolinha. Sem falar que tive que deixá-lo o dia inteiro lá desde então. Arrumei uma Van pra fazer o transporte e como eles recebem adiantado, foi-se o dinheiro do meu almoço do mês. Sem falar que liguei chorando pros meus pais porque, como eu só saía meia hora depois do Gu na loteria, não sabia com quem deixá-lo até eu chegar. Foi aí que recebi ajuda de boas almas caridosas nesse mundo que me estenderam a mão nesse momento. A sogra da minha irmã que mora aqui perto ficou com o Gu nesse meio tempo, a Van o deixava lá e eu passava depois pra pegá-lo. E os pais de uma ex-colega de escola da 8ª série que também moram aqui perto e me deram marmita durante todo o mês, às vezes sobrava e eu não ia buscar, a mãe dela ainda vinha me trazer mais. Puxa, como eu gostaria de ter condições e agradecer ainda mais por tudo que fizeram por mim... Tão bom saber e ver que apesar desse mundo sem amor ao próximo, mesquinho e visando só os próprios interesses, ainda existam pessoas caridosas. Uma pessoa me virou a cara e duas me deram as mãos.
Um dia cheguei e a Maria, sogra da minha irmã, tava com o Gu no colo brincando com ele. A gente fica tão satisfeita em ver uma cena dessas e eles demonstram tanto carinho por ele como o que tem pelo neto, meu sobrinho. Eu chegava até satisfeita e tranqüila do trabalho.

quarta-feira, junho 13, 2007

Com 4 meses

Compramos o carrinho nessa época, como fez falta não poder ter comprado logo no início... mas depois vivia arrastando o menino pra tudo quanto era lado. Atravessava a cidade com ele. Ele ficou encantado com os ursinhos e conversava com eles. Era uma delícia de ver...


Peso: 6.400Kg
Altura: 63cm



O priminho chegou

A chegada do primo que nunca foi bebezinho como ele, era um bebezão, tanto que antes de 1 ano já passava as roupinhas e calçados pro Gu de tanto que cresceu.


Fazendo muuuuiiiitooo barulho

Tá aí a cena que mais se via do Vinícius até seus 3 meses de vida. Ninguém sabe o que era até hoje. Acho que gostava de chorar mesmo. Olha só a cara do Gu olhando pra ele! É um barato, né. Parece até que tá pensando: Porque será que ele chora tanto?




domingo, junho 10, 2007

Um pesadelo no trabalho

Eu comecei na loteria em março de 2005. Em junho a Cristiane voltou a trabalhar lá, vou explicar como: Após o casamento relâmpago, eles foram morar com as irmãs dele em Campinas e ela só ficava mandando mensagem pra filha da patroa que não agüentava mais ficar à toa e tudo mais. Eu mesma liguei pra ela informando a Avenida que, segundo o patrão que tinha morado lá, era uma loteria em cima da outra, que com a experiência dela, com certeza ia conseguir um emprego e tal... A ‘lenta’ ficava só em casa esperando que alguma cunhada fosse faltar ao emprego pra pajear ela pela cidade. Quem tem boca vai a Roma oras! Eu fico nervosa com essas coisas viu! Era só perguntar guarda na rua, cobrador de ônibus... Mas caipira da roça... Enfim, juntou a outra moça da loteria aqui, que ficou grávida e só sabia faltar sem dar satisfação, que a patroa deu um jeito de pagar férias, aviso, adiantou a licença maternidade dela e chamou a Cris de volta. Que veio correndo porque emprego pra ela é só ali que tem.
Só sei minha gente, que foi a conta de ela voltar e minha vida virar de cabeça pra baixo ali. Um belo dia fechei o caixa e faltou R$160,00; nem dormi direito. Era o mesmo valor do sorvete da 1 real em frente, mas o vale tava no caixa da filha da patroa. Hoje desconfio que pegaram duas vezes o dinheiro e a infeliz aqui não anotou, mas com as circunstâncias nem ia adiantar. A patroa dividiu em 3 vezes no meu salário, mas doeu. Eu fazia as coisas com tanta atenção... Depois disso, passei a dobrar a atenção e contar o troco 4 vezes antes de entregar pro cliente. Tinha gente que até bufava de tanto esperar. Fiz arrumarem a fechadura da minha gaveta e conferia tudo mesmo.
Por fim o patrão faleceu depois de 2 meses em coma com aneurisma/hemorragia cerebral, sei lá. Ele tinha pressão alta e não cuidava, além de tomar bebida alcoólica, socialmente, mas foi o suficiente. Tinha 45 anos. Aí 1 mês depois a mãe deles morreu também esclerosada pela perda do filho. Ficou catatônica a ponto de ficar pelada dentro de casa dando risada dos peitos e tentar se enfiar dentro da estante da sala. A filha da então, patroa mesmo, ficou que dava dó em ver o desespero da menina, principalmente porque ela é muito gente boa.
Então depois de repartirem os bens entre os filhos e irmãos, a outra irmã renunciou uma loja de parafusos e foi pra loteria. Veio a decisão da patroa e filha na escolha de quem ia ser mandada embora. Resolveram então por eu ter um filho e a Cristiane ainda não ter sido registrada porque ainda recebia o salário desemprego lá, mandarem ela. O maridinho dela tinha vindo pra cá e arrumou emprego aqui, os dois estavam morando na casa ao lado da mãe dele e não pagavam aluguel, eles tinham 3 salários enquanto ela trabalhava e não compraram nem o fogão! A cama e guarda-roupa tinham de herança da irmã dele e a TV que o Anderson tinha e deu de presente e mais nada. Só queriam saber de passear e ela continou comprando roupa e sapato de boutique, sem falar no dinheiro que vai o mês inteiro com unha e pra esticar o cabelo na cabeleireira. Se bem que nem precisou, com 3 meses de casados brigaram por causa de uma trouxa de roupa suja e ela voltou pra casa dos pais. Ele ainda veio atrás dela pra voltar e a mãe dela, minha sogra, foi enfiar a mão na cara dele. Ele tocando o carro e ela pendurada na janela embulachando ele, pode? Ela doida e barraqueira ainda por cima, fico imaginando a cena...é ridículo.


Nova fase pro Gu
Nesse meio tempo, o Anderson conseguiu pegar a responsabilidade do ônibus que levava os estudantes pra escola e diminuiu essa despesa pra mim. Decidi colocar o Gustavo numa escolinha lá perto da casa dele porque além da vontade que o menininho demonstrava em ir quando eu mostrava e comentava sobre a escolinha, eu vi que era necessário, pois minha irmã estava em São Paulo com a família dela (Meu cunhado ficou desempregado com a troca de prefeito e foram pra lá pra ele trabalhar com meu pai). Assim o Gustavo ficou sem criança pra brincar e nas manhãs assistia desenho, mas à tarde tava sem o que fazer e o Anderson começou a pegar ele escondido no quarto mexendo no... bingulinho. Fiquei preocupada, pois ele só tinha 3 aninhos, sei que é normal essa descoberta, mas esse tipo de coisa pode virar vício... Visitei a escolinha no dia do luto da loteria e achei BB (bom e barato). É uma casa, mas com um quintal grande e tudo cimentado, bem limpinho, com uma proposta razoável de ensino.
Infelizmente não tive o gosto de levá-lo em seu primeiro dia de aula, mas o Anderson disse que ele foi entrando tão entusiasmado que nem tchau quis dar, nem olhou pra trás! Fiquei aliviada, a pressão é mais nas mães do que nos filhos mesmo.

sexta-feira, junho 08, 2007

Palavra amiga


Hoje resolvi postar o presente. Estive em choque por algum tempo e quis falar sobre o assunto:
Conheci uma linda família de um bloguinho amigo e passei a acompanhar a vida, as aventuras e alegrias de uma mamãe de menino como eu. Gostei muito de seu jeito engraçado e bem-humorado de postar e contar as travessuras de seu filhinho. Com minha mudança, perdi o contato e acompanhei até o dia em que seu filhinho teve uma febre que não cedia e dizendo sem mais nem menos algo de que o irmãzinho que estava para chegar foi o presente que ele havia pedido ao Papai do céu para os pais. A gente acha a coisa estranha, mas deseja tanto coisas boas para quem a gente gosta e nem quer pensar muito nisso.
E nesse curto período de tempo, descobriu-se que ele estava com leucemia e esteve algum tempo em tratamento intensivo. Lendo o blog de minha prima Fabiana, pude ver uma campanha de corrente a favor de uma criança. A gente se penaliza, mas sem conhecer, nem toca tanto assim o coração da gente. Depois a notícia de que ele não havia resistido. Mais tarde, visitei minhas amigas e abrir o blog da Renata, mal pude acreditar...era o filhinho dela! Não consegui conter as lágrimas ao ler por tudo que passaram: a esperança em vê-lo lutar pela vida, tentando sorrir e apertando a mão dela e depois a força que ela teve por meio de seu vindouro outro filhinho em enfretar toda aquela dor. Sei que cena assim tem se repetido todos os dias por todo o mundo, mas quando a gente conhece, principalmente eu, que sou uma pessoa que partipa e se envolve muito fácil com as pessoas, realmente torcendo e se alegrando de coração com a felicidade da pessoa e da mesma forma compartilhando suas dores e decepções. Chorei muito e tive um nó no peito tentando absorber essa notícia, porque também sou mãe e sei o tamanho desse amor. Tive um sentimento de culpa por não ter acompanhado toda a história e feito parte nas orações em prol dele.
No entanto, a mensagem que tenho aos pais é o consolo que vem de Deus registrado em sua palavra na Bíblia. Não pretendo invalidar ou interferir a fé de ninguém, mas dizer a verdade: que Deus promete algo muito melhor Renata ao seu filhinho e à você: o reencontro de vocês em vida aqui na Terra! Sim a ressurreição, como tantos exemplos bíblicos e o próprio Jesus demonstrou com Lásaro e prometeu: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida..." - João 5:28,29. "Jesus disse-lhe: 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, viverá outra vez..." - João 11:25. "Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: 'Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram. E O que estava sentado no trono disse: 'Eis que faço novas todas as coisas.' Ele diz também: 'Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras." - Apocalipse 21:3-5. "Mas os próprios mansos possuirão a terra E deveras se deleitarão na abundância de paz." - Salmos 37:11. "Ele fundou a terra sobre seus lugares estabelecidos; não será abalada por tempo indefinido ou para todo o sempre." - Salmos 104:5. "Pois assim disse Jeová, o Criador dos céus, Ele, o verdadeiro Deus, o Formador da terra e Aquele que a estabeleceu firmemente, que não a criou simplesmente para nada, que a formou mesmo para ser habitada..." - Isaías 45:18. Esses são apenas alguns textos das promessas de Deus para seu vindouro Reino aqui na Terra, o Reino ao qual Jesus nos ensinou a orar pedindo: "Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra." - Mateus 6:10.

Ah...e será uma felicidade, ver de novo e quem sabe de pertinho a alegria do doce sorriso desse Menino de ouro, que eu tive a grande honra em saber de sua existência: o querido Vinícius.


Essa foi uma singela homenagem aos pais e o desejo que esse 'presente de Deus' pedido pelo Vini, o Gabriel, cubra de amor, esperança e alegria a vida de vocês com muita saúde e bênção de Deus.
Com todo carinho do meu coração.

sexta-feira, junho 01, 2007

Ressurgindo

Eu voltei...agora pra ficar. Porque aqui...aqui é meu lugar! Pois é, eu queria mesmo me mudar pra uma outra cidade, menor, mas fazer o quê? Parece que tudo me prende e me arrasta pra este lugar. Enfim, tá tudo bem...O Anderson tá trabalhando! E isso é maravilhoso! Nem 'tão' quanto eu gostaria, mas à passos de lesma já se pode ter uma esperança. Agradeço a quem torceu e deu um apóio psicológico aí, valeu! Parece que eu tenho uma histórinha da minha vida pra continuar, então lá vai:
Uma melhora temporária
Continuando um pouco de minha história desde que meu foguetinho nasceu: Após 5 meses daquele mercado, a irmã do Anderson quis acompanhar o namorado que havia ido pra Campinas. Pediu as contas e me indicou pra ficar no lugar dela na loteria em que trabalhava.
Os primeiros dias foram uma comédia em se lembrar: de eu dilacerar as contas dos clientes pra cortar os códigos de barras à sair correndo gritando até a porta atrás de troco que havia passado a mais ou trocar as guias que estavam trocadas de nervosismo.
Graças à Deus, sou corajosa e não tenho medo de tentar. Aprendi em 1 mês á digitar os códigos tão rápido que nem olhava pras teclas da máquina. O que me irritava era umas regrinhas idiotas que tínhamos de cumprir, como: estar atendendo e ter que levantar na hora pra abrir a porta pro próprio dono que não tinha a chave e não queria ser reconhecido como tal (tudo bem, até aí a gente até entendia), mas tinha que mandar o cliente chegar e não gritar ‘o próximo’; era proibido você tentar arrumar o dinheiro no caixa e se organizar, como nos bancos, pra chamar o próximo, tinha que ser The frash e já ir atendendo a outra pessoa com a gerente (que era irmã do dono) do lado te pedindo o dinheiro do caixa e mandando você atender ao mesmo tempo. Dava tanta confusão isso depois...no final do dia faltava R$1000,00, R$2000,00 no caixa que havia sido tirado nessa pressa e hora marcava, hora não. E isso dava um suor frio, porque se não encontrasse o erro, a gente que tinha que bancar, imagina...Fora a pedição de dinheiro pra cobrir conta e aluguel da lojinha de 1 real em frente que era deles também...
Mas pagavam bem e direitinho, me registraram logo e tive salário alimentação, família e hora extra tudo certinho. Não trabalhava aos sábados nem domingos e isso pra mim já era ótimo. Depois que a minha sogra obrigou a filha a se casar com o rapaz pra ir pra Campinas (casou só no civil sem ter nada, a não ser um coordenado de cama casal que comprou no embalo da filha da gerente que também trabalha lá, que tava noiva e sempre fez enxoval, mas minha cunhada só comprou isso. E já namorava há uns 7 anos pelo menos. Só queria saber de comer salgado e coca, passear e comprar roupas e sapatos na mesma boutique que as patroas...), quando ela saiu, sofri rejeição de toda parte. A patroa só sabia chorar a saudades da Cristiane, os clientes só sabiam perguntar daquela baixinha, a japinha; e tinha uns que até se recusavam a serem atendidos por mim! Me sentia tão esmagada que na hora do almoço eu sentava na praça da cidade e chorava tanto, num desespero, me perguntando porquê aquela vida gente, depois de tanto sacrifício pra estudar, ser humilhada por gente de baixa escolaridade, sendo que eu podia ser admirada e respeitada por eles sendo chamada até de ‘doutora’, como é de costume no interior!
Eu tive que agüentar e me conformar. O Anderson passou num vestibulinho pro curso de Eletrotécnico em Furnas, que é gratuito. Eu ajudava pagando o ônibus pra ele estudar e não perder essa oportunidade, sem falar no leite e demais coisas pro Gustavo e pra mim. Fui levando e povo se acostumado. A filha da patroa me deu muito apóio e é um amor de pessoa. Aliviou um pouco a barra.