***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Comunicado urgente

Mudança

Passei por aqui para avisar que estou de mudança. Não daqui do blog, mas da cidade onde moro. Assim ficarei sumidinha até conseguir postar as novidades novamente, em um ciber café como agora. Nem pude colocar desenhinhos que eu gosto tanto...snif.
Vou ter que visitar minhas amigas e atualizar o blog 1 vez por semana, pelo menos. Até endireitar as coisas na nova vida. Desta vez o Anderson vai comigo e vamos tentar trabalho. Por favor torçam por nós e eu da minha parte estarei com muitas saudades de vocês.
Um grande abraço e até breve.

domingo, fevereiro 18, 2007

Com 3 meses

Cadê o 'Bebê alegria'?


Achou!!!


Peso: 5.760Kg

Altura: 62cm





Minha prima Gal quem deu esse apelido pra ele, minha tia Siléa era apaixonada em brincar com ele, só pra vê-lo se desmanchando de sorrir...(isso aos 6 meses, quando estive lá em Sampa pra família conhecê-lo).













Aqui foi um dos momentos raros que acontecia esse sorrizão, principalmente pra mamãe. Não é a coisa mais fofa desse mundo? Ah, toda mãe pensa assim...e eu não ia ser diferente.








segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Trabalho enfim, mas..

No início, o dinheiro que o Anderson recebia de garçon em festas, dava pra comprar o café-da-manhã; daí eu subia pra casa dele e só voltava à noitinha. Isso durante uns 3 meses; depois, além de cansativo foi ficando insuportável, resolvi permanecer em casa e ele trazia marmita pra gente (afinal era meu cunhado quem estava bancando as despesas aqui em casa).
Em outubro, a filha da prima do meu pai que namora meu vizinho, veio me dizer que a tios dela tinham aberto um mercado no bairro pra cima daqui de casa e precisavam de mais alguém no caixa. Fui lá conversar e comecei a trabalhar do meio-dia às 20:00, recebendo um pouquinho mais de 1 salário da época. O Anderson vinha buscar o Gustavo e á noite trazia ele pra casa.
O salário não rendia quase nada, pois às vezes mais da metade ficava em mercadorias lá mesmo. No início foi uma empolgação, afinal tava entrando um dinheirinho e eu distraindo a cabeça. Até que um dia uma ex-colega de faculdade apareceu por lá. Foi contratada pra fazer a planta de combate á incêndio exigida para comércios. Cobrou R$300,00 e o patrão pagou todo satisfeito. Foi me dando um aperto no peito em ver que eu podia estar realizando aquele trabalho e, como ela, ganhar em 1 semana o que eu iria ganhar em um mês...
O pior é que ir sentindo na pele o que meu pai sempre reclamou desta cidade: a maioria do povo daqui pega os parentes pra trabalhar e além de monopolizar a mão-de-obra, explorar também, porque sabem que ninguém vai ter coragem de reclamar. O combinado foi pagamento todo dia 5 e vales dia 20. O 1º mês foi assim, aí foi só avacalhando: não teve mais vale e o pagamento começou a atrasar. Quando era feito, o dinheiro era entregue com a mão até tremendo de dó. Um dia, precisei de um vale de R$20,00 pra pagar uma conta, me estendeu o dinheiro do caixa com uma cara tão feia que parecia até que eu tinha pedido um rim pra ele. Ah, e era ele quem fechava os caixas! Acho que tinha medo de vermos quanto faturavam no dia.
Quase toda semana tinha 'reunião de cobrança'. Era pra ajudar a empresa, tratar os clientes com isso e aquilo, sem brincadeiras com colegas e tudo mais. Ele perguntava se alguém tinha algo a dizer no final. Um dia combinamos de reclamar sobre os pagamentos e pedi o apoio de todos se me pronunciasse em nome da turma. Todos aderiram. Comecei a dizer que faziámos nossas contas pessoais segundo as datas combinadas pra receber e isso não estava acontecendo. Todo mundo ficou de cabeça baixa e levei o ferro sozinha. Ele me disse que tava me ajudando, pois recebeu a notícia que eu tava precisando trabalhar porque tinha um filho, que nunca descontou uma hora em que eu chegava atrasada e que tava cheio de currículos de gente querendo trabalhar lá e quem não estivesse satisfeito que falasse. No outro dia me chamou pra fazer o pagamento só á mim, pois achou que eu tinha dito isso de forma particular, que quis dar uma indireta que precisava de dinheiro.
Só sei que aqui o povo tem folgado demais com essa história de farta mão-de-obra disponível, acham que estão nos fazendo um favor em dar um trabalho e temos de ser imensamente gratos por isso aguentando qualquer tipo de exploração dos direitos trabalhistas. E por falar nisso, trabalhei lá por 5 meses e nunca fui registrada, apesar das promessas. Acho uma graça ele ter me jogado na cara que nunca havia me descontado hora...também nunca pagou uma hora extra sequer nem a folga semanal a que temos direito.
Pior era ter que aguentar, além dos carrapatos no Gustavo (que me davam um nojo, saber que estavam chupando o sangue daqueles cachorros imundos e passando pra corrente sanguínea do meu filhinho), foi um dia o pobrezinho chegar com o dedinho médio todo inchado e rasgado de deixarem ele correr, tropeçar e cair uma taipa em cima da mãozinha dele. Eu xinguei tanto o Anderson, principalmente porque eu pedi minha irmã levá-lo no pronto-socorro e tiveram que arrancar a unha fora porque ia cair. Me deu tanta dó. Ainda bem que nasceu outra saudável, porque minha avó tem uma que nasceu toda torta. Tadinho, ela disse que ele chorou tanto...e eu sem poder estar por perto porque tive que ir trabalhar.
E eu tava cheia, de além de não poder cuidar do meu menino, viver em função daquele mercado. Só tinha oportunidade de lavar roupa e arrumar meu quarto nos sábados à noite ou domingos à tarde. Vivia cansada e com sono. Não sei como tem gente que consegue passar a vida trabalhando nisso.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Com 2 meses

O bebê mais lindo que a mamãe tem!

Peso: 5.130Kg
Altura: 59cm

Enfim uma foto melhorzinha da mamãe...e toda satisfeita!

























Eu já treinava Box, gente!
























Esses olhos rasgados? Até hoje não sei de onde é isso da família do Anderson. De lado nenhum há descendência oriental (só se for indígena). O que me matava de raiva era que o Gustavo no colo da tia de lá, parecia ser mais filho dela do que meu por causa desses olhos que são iguais os dela. Mas é meu foguetinho.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Discontraçãozinha básica

Quando eu vi esse vídeo lembrei na hora de minhas amigas cheias de planos para este ano: Andrea e Fabiana. Será que estão cumprindo todas as metas? Dea, espero que não passe por isso com sua tão almejada esteira...rsrsrs. Quem mais se habilita?




E eu que estava tão vibrante com meus quilinhos a mais, basta um apertozinho doméstico e voltei pros 48. O que me estressa é as bochechas chupadas e, em conseqüência uma testa enorme. Fui capaz de passar a tesoura e cortar uma franja pra ver se ameniza.

Vaidades à parte, me lembrei de algo que ainda não mencionei: meu sogro. Sim, eu tenho um sogro também. É do tipo de pessoa que ás vezes você esquece que existe, principalmente pelo fato de que, pro Anderson, não existe um relacionamento entre pai e filho. Perguntam ou respondem coisas básicas e necessárias. Por esta razão, enquanto ele só contou pra mãe dele do Gustavo no dia que o menino tava nascendo, pro pai isso não aconteceu. E como lá é uma convivência estranha mesmo entre todos, o pai dele só soube em um dia que fui até lá e ele chegou de surpresa de viagem. Ficou admirado, pois o neto já estava com 3 meses. Dele, não é o primeiro, pois ele tem outra família em São Paulo, com filhos mais velhos que o Anderson. Mas demonstra carinho pelo neto. A mãe dele também e os tios, mas só de tratar bem, porque na hora do aperto, com excessão do irmão dele caçula, ninguém alí tira 1 real do orçamento pra mandar um agrado. O pai dele comprou uma meia dúzia de pacotes de bolacha quando o Gu ia lá, por volta dos 1 ano e meio por aí; a mãe dele cooperou com 20 reais de remédios dessa última vez que precisou e a tia deu um macacãozinho quando ele nasceu, um conjunto de abrigo quando fez 1 ano (isso porque teve festa) e um carrinho de fricção em um final de ano e mais nada. E olha que pra eles, é primeiro neto e sobrinho. Eu fico revoltada, mas graças à Deus não tem faltado nada pra ele que dependesse dessa parentela. É coisas da vida...relacionamento humano nunca foi fácil...Estou tentando treinar minha mente e coração pra superar isso tudo. Só quero mesmo desabafar. Acho que também faz bem...

Ah, com 3 meses meu bebê sorria quando brincavámos com ele, chacoalhando as perninhas com tanta força e velocidade que parecia estar numa competição de bike! Era tão gostoso de ver...

sábado, fevereiro 03, 2007

De volta pra casa

Enfim, voltamos pra cá. O Anderson havia me ligado e disse que estava fazendo uns bicos de garçon e podia manter a gente com algumas coisinhas. Meu pai foi firme em dizer que se eu voltasse, ele não mandaria um tostão pra mim e deixaria todas as despesas da casa por conta do Marcos. No início, conversamos sobre eu ficar na casa dele (o Anderson) com o Gustavo, mas isso realmente era impossível. A mãe dele é literalmente uma aspirante a dondoca com espírito de porca. Sim, ela só reclama em ter isso e aquilo, pinta e estica os cabelos todo mês, dá muita importância a roupas e mercadorias de marcas e principalmente a pessoas de melhores posses e posições (quando começamos à namorar, o Anderson lhe disse que eu fazia engenharia e ele me disse que ela me achava uma pessoa importante. Quando me formei e não consegui emprego como 'doutora', ela perdeu o respeito). Diz que tem pressão alta e por isso não limpa a casa. Os móveis têm um 'tapete' de poeira, limpa o fogão uma vez por mês e acho que o forno nunca viu um pano ou esponja, o guarda-roupas nem tem coragem de mexer. Eu falo que a irmã dele compra tanta roupa cara de boutique pra baratas passarem bem (uma vez o Anderson quis me mostrar uns trabalhinhos de pré que ele fez e começou a querer tirar as coisas, foi surgindo tanto cocô de barata, acho que ele ficou sem-graça e disfarçou que tava difícil que eu disse pra ele parar. Imagina o ninho que não ia estourar dalí...). A vida da mãe dele é lavar roupa dela e do irmão dele (porque o restante lava as próprias roupas), fazer a janta e assistir novela o dia inteiro conversando com os personagens. Fora os cachorros: 3 vira-latas que comem até cocô, que nunca viram um banho na vida e tem um sofá da sala só pra eles...
Sei que também não sou perfeita e confesso: detesto afazeres domésticos, mas tem de ser feitos ora bolas! Uma vez minha mãe ficou horrorizada quando inventei de levar ela lá numa visita. A mulher tava toda maquiada, de chapinha no cabelo e saltinho; e no quintal, um coelhinho da índia (que eles criam sei lá pra quê) morto e até derretendo lá sem ela ter a coragem de jogar num saco pro lixeiro levar. Minha mãe até concordou em dizer que eu não podia levar o Gustavo pra lá mesmo.
Eu falo mesmo, pois tenho o orgulho de ter como exemplo uma mãe que cuidou de 3 filhos, uma mercearia e a casa e hoje, mesmo com pressão alta, limpa a casa dela e ainda faxina pra fora trabalhando. No início eu até tinha dó da minha sogra, pensava que todos alí mereciam coisa melhor, mas cheguei à conclusão que todos nós temos na vida o que plantamos mesmo. Estou sendo dura assim porque ainda sinto uma pontinha de mágoa que ainda relatarei, é apenas um desabafo e quero em breve me livrar deste sentimento medilcre, eu sei. Mas tudo é a pura verdade.
Não teve outro jeito, senão eu combinar com minha irmã que só durmiria aqui em casa com o Gu e passaria o dia lá. Pois é, comi muito da comida da minha sogra, fazer o quê? Pareço mal agradecida, mas eu pensava retribuir quando pudesse...Agora encaro como pura obrigação da parte deles que quase não contribuem com nada enquanto meus pais sustentam a barra sozinhos. Eles sim merecem muita retribuição.
Encontrei o Anderson 4 quilos mais magro de saudades do filho, pode? Mas felizes enfim, por apesar de todos os males, estamos juntos em família.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Arrependimentos e sustos

No final de março de 2004, fomos passear na cidade que minha prima Patrícia foi morar e abriu uma escola Microlins. A cidade é pequena, mas ótima. Gostei muito. Lá tem praça com parquinho e o Gustavo brincou tanto que até sonhou com o cavalinho de brinquedo. Foi aniversário da cidade e teve festa com bolo pro povão (um povo tão educado! Ninguém avançava na barraca pra pegar um pedaço, pelo contrário, ficavam até sem jeito). Eu comi uns 3 pedaços (sem avançar também, é claro); aproveitei, tava até sobrando! Tinha balão de gás pras crianças, a fila tava quilométrica, mas valeu esperar: só de ver o brilhinho nos olhos dele.
Teve show de graça...uma cidade tranqüila e de gente que tem dinheiro, sabe. É numa cidade dessa que gostaria de me mudar e abrir um escritório de engenharia...Nesse show à noite, minha prima Gal me deu uns conselhos de ir embora e ficar a família junto, porque se for pra passar fome, melhor que esteja todos juntos. Pra mim, só faltava um empurrão desses pra decidir e voltar. Morria de saudades do Anderson, o Gustavo também. Não dá pra ficar tanto tempo longe. Mas não tinha dinheiro. Tive que esperar, pois minha irmã também resolveu voltar e morar junto com o Marcos por pressão de toda família, e meu pai ia levar depois do casamento da minha prima Lu, o qual eu ia ser madrinha.
De volta à São Paulo, pedi meu pai pra levar a gente no parque da Água Branca num domingo. O Gustavo correu tanto por lá, dava gosto de ver. Nem fome sentiu, se não fosse a gente sentar e eu dar a mamadeira, nem ia pedir! Mamou rapidinho pra poder brincar de novo.
Outro dia fomos convidados pra almoçar na casa da minha tia Silene e teve até omelete de ovo de avestruz. Nunca imaginei que ia comer isso na minha vida, mas não teve surpresa não: tem o mesmo gosto do de galinha, com a diferença que rendeu 11 frigideira de omelete, teve que quebrar a casca com machadinha e custar conseguir furar a gema de tão firme. Minha irmã quis assistir o filminho caseiro de míseros 9 minutos (por incopetência de um amigo do Marcos) da festa de aniversário do Vinícius e a última cena que aparece foi a do Anderson com o Gustavo no colo. Foi muito rápido e já acaba. O Gustavo viu e ficou desesperado, querendo chorar: 'O papai, televisão...' Eu não podia ficar mais lá, a esperança de emprego já tinha acabado e o dinheiro também e ainda pra ficar sofrendo à toa com a distância já era demais.
Ainda, meus pais amam os netos, disso não tenho dúvidas; mas a convivência não é fácil. O certo mesmo é nos finais de semana, como visita e pronto, morar junto não dá certo. Qualquer coisinha incomodava, desde de choros e birrinhas comuns a detalhisinhos sem importância. Outro dia meu pai foi fritar peixe e teimou em deixar prato em cima da mesa, Os meninos mexeram e ele já xingou. Coloquei o prato na outra boca do fogão que ficava até mais fácil pra ele, mas não, tinha que ficar na mesa. A criança de 1 ano e pouco tem que entender o que pode ou não mexer. A gente ensina, mas não é fácil ver os resultados como eles querem. Eu prefiria tirar do alcance. Só sei que bati boca com ele que aquilo era frescura (em querer manter o prato na mesa), quase me bateu por dizer essa palavra dele. E eu chorava demais nessa época, descia pro quarto e danava a chorar. Era tanta cobrança, tanto estress que eu acabei até fazendo coisa que não devia. Teve um dia que de tanto falarem no meu ouvido, me deixaram tão louca que, sem pensar, dei uma chinelada na perninha do Gustavo por conta de uma travessura que ele até tremeu e á noite foi parar no pronto-socorro com febre. Fiquei com tanto remorço que eu queria sumir do mundo. Uma outra tia me disse uma vez que nunca bateu na filha dela por conta de falação dos outros, que rachassem o bico de falar, ela não descontava na menina. Passei a fazer isso. Daí toda vez que me acontecia qualquer coisa desse tipo, eu pegava ele e descia pro quarto pra chorar, de raiva, de arrependimento, de dor...Por mais que eu escondesse do Gu, ele perguntava: 'Mãe, cê ta chorando?' E punha a mãozinha no meu ombro: 'Chora não mãe.' Me comovo só de lembrar...
A Lu casou em Maio, caligrafei os convites pra ela e quis dar de presente, mas ela não aceitou. Me pagou o serviço e disse que me queria de madrinha por consideração. Comprei uma roupinha social pro Gu ir ao casamento. Foi ainda uma novela em cima da hora eu ser ou não ser a madrinha, porque não tinha vestido. Até uma outra prima me emprestar o dela e tava eu lá no altar com eles como sempre havíamos imaginado desde a infãncia e a adolescência; e se desmanchar em lágrimas quando ela veio cumprimentar. É engraçado isso de chorar em casamentos, uma coisa tão bonita e feliz e uma choradeira de despedida...E fui eu quem puxou o cordão, ela: 'Num chora Rô, num chora Rô' e as lágrimas brotando também. Dalí pra frente tava o irmão e os pais, aí que desmanchou todo mundo mesmo.A festa também foi muito boa, dancei pra caramba, mas quase que minha noite termina em desastre. Fiquei tranqüila pelo salão estar de protas fechadas que nem percebi quando tinham aberto pras pessoas irem embora e meu filhinho sumiu. Eu olhava o lugar como uma louca, sem rumo, quase chorando e gritando. Perguntava todo mundo, não sabia se mandava o DJ anunciar, se contava pra minha prima. O coração parecia que ia sair pela boca. Saí lá fora e olhava pro lado do estacionamento que eu nem sei onde ficava, só imaginando que alguém poderia ter levado ele em algum carro. Até que um convidado viu o desespero na minha cara e perguntou se eu tava procurando um menininho assim e assim. Me apontou os fundos do salão. Fui até tremendo e ele tava sentadinho atrás de uma mesa (com aquelas toalhonas que cobrem tudo), brincando com uma peruca colorida que achou no chão. Me agachei devagar conversando com ele que ficou me mostrando o negócio e nem tive ação. Só após uns segundos fui capaz de pegar ele no colo e comunicar minha mãe que chorou, eu nem consegui chorar de tão atônica que fiquei. Só sabia agradecer à Deus por estar com meu tesourinho nos braços.