Um pesadelo no trabalho

Só sei minha gente, que foi a conta de ela voltar e minha vida virar de cabeça pra baixo ali. Um belo dia fechei o caixa e faltou R$160,00; nem dormi direito. Era o mesmo valor do sorvete da 1 real em frente, mas o vale tava no caixa da filha da patroa. Hoje desconfio que pegaram duas vezes o dinheiro e a infeliz aqui não anotou, mas com as circunstâncias nem ia adiantar. A patroa dividiu em 3 vezes no meu salário, mas doeu. Eu fazia as coisas com tanta atenção... Depois disso, passei a dobrar a atenção e contar o troco 4 vezes antes de entregar pro cliente. Tinha gente que até bufava de tanto esperar. Fiz arrumarem a fechadura da minha gaveta e conferia tudo mesmo.
Por fim o patrão faleceu depois de 2 meses em coma com aneurisma/hemorragia cerebral, sei lá. Ele tinha pressão alta e não cuidava, além de tomar bebida alcoólica, socialmente, mas foi o suficiente. Tinha 45 anos. Aí 1 mês depois a mãe deles morreu também esclerosada pela perda do filho. Ficou catatônica a ponto de ficar pelada dentro de casa dando risada dos peitos e tentar se enfiar dentro da estante da sala. A filha da então, patroa mesmo, ficou que dava dó em ver o desespero da menina, principalmente porque ela é muito gente boa.
Então depois de repartirem os bens entre os filhos e irmãos, a outra irmã renunciou uma loja de parafusos e foi pra loteria. Veio a decisão da patroa e filha na escolha de quem ia ser mandada embora. Resolveram então por eu ter um filho e a Cristiane ainda não ter sido registrada porque ainda recebia o salário desemprego lá, mandarem ela. O maridinho dela tinha vindo pra cá e arrumou emprego aqui, os dois estavam morando na casa ao lado da mãe dele e não pagavam aluguel, eles tinham 3 salários enquanto ela trabalhava e não compraram nem o fogão! A cama e guarda-roupa tinham de herança da irmã dele e a TV que o Anderson tinha e deu de presente e mais nada. Só queriam saber de passear e ela continou comprando roupa e sapato de boutique, sem falar no dinheiro que vai o mês inteiro com unha e pra esticar o cabelo na cabeleireira. Se bem que nem precisou, com 3 meses de casados brigaram por causa de uma trouxa de roupa suja e ela voltou pra casa dos pais. Ele ainda veio atrás dela pra voltar e a mãe dela, minha sogra, foi enfiar a mão na cara dele. Ele tocando o carro e ela pendurada na janela embulachando ele, pode? Ela doida e barraqueira ainda por cima, fico imaginando a cena...é ridículo.

Nesse meio tempo, o Anderson conseguiu pegar a responsabilidade do ônibus que levava os estudantes pra escola e diminuiu essa despesa pra mim. Decidi colocar o Gustavo numa escolinha lá perto da casa dele porque além da vontade que o menininho demonstrava em ir quando eu mostrava e comentava sobre a escolinha, eu vi que era necessário, pois minha irmã estava em São Paulo com a família dela (Meu cunhado ficou desempregado com a troca de prefeito e foram pra lá pra ele trabalhar com meu pai). Assim o Gustavo ficou sem criança pra brincar e nas manhãs assistia desenho, mas à tarde tava sem o que fazer e o Anderson começou a pegar ele escondido no quarto mexendo no... bingulinho. Fiquei preocupada, pois ele só tinha 3 aninhos, sei que é normal essa descoberta, mas esse tipo de coisa pode virar vício... Visitei a escolinha no dia do luto da loteria e achei BB (bom e barato). É uma casa, mas com um quintal grande e tudo cimentado, bem limpinho, com uma proposta razoável de ensino.
Infelizmente não tive o gosto de levá-lo em seu primeiro dia de aula, mas o Anderson disse que ele foi entrando tão entusiasmado que nem tchau quis dar, nem olhou pra trás! Fiquei aliviada, a pressão é mais nas mães do que nos filhos mesmo.
1 Comments:
oi Ro!
Escolinha é tudo de bom, ainda mais se a criança vai de boa vontade...o meu grandão ainda chora...fazer o que...
Ah...sobre os slides...achpo q tem quter um aplicativo instalado, senão não roda mesmo...eu mesma não conseguia ver...mas maridex andou mexendo aqui e deve ter instalado o tal prograla...o flash, talvez...
Bjs grandes!
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