Por ficar muito tempo na faculdade, meus seios enchiam tanto de leite que não podia nem relar que doía. Comprei uma bombinha pra esvaziar e quando eu chegava em casa e ele já tinha mamado, eu tirava e enchia saquinhos de chup-chup (gelinho) com meu leite pra dar pra ele quando eu estivesse fora. Sabe que a minha mãe jogava fora ou não dava dizendo que tinha nojo! Isso me matava de raiva porque ao invés de mamar o que pertencia e era melhor pra ele, enchia a barriguinha com leite em pó, sendo que o outro tava à disposição...É duro não poder cuidar e deixar nas mãos de quem não faz o que a gente gostaria...Em 2003 fiz outro estágio em duas obras em fases diferentes (uma na fundação e outra na estrutura) e dessa vez bati muuuiiitas fotos como prova. O engenheiro era formado pela faculdade, abitolado pela profissão, me ajudou a entender muita coisa do projeto na prática, apesar de freqüentar as obras poucas vezes enquanto eu estava lá. Eu ficava cada vez mais maravilhada e orgulhosa da minha profissão. Mas não era fácil, 3 vezes por semana eu saía de uma obra e ia direto pra outra até o meio-dia. Como era perto da facul e eu tinha aula às 13:00, ficava numa pracinha, comendo as marmita que eu levava (virei bóia-fria); a situação tava difícil aqui em casa e não tinha dinheiro nem pra lanche. Minha apresentação de estágio pro professor foi pura fotografia também, só de raiva.
A aula do Faria! O Gustavo freqüentou mais uma aula desse meu professor. Sentei na frente e joguei um forro no chão com lápis e papel pra ele ficar. Até que se comportou bem apesar de dar uns passeinhos pelos corredores da sala. Mas o ponto alto foi um colega meu, Fabrício Violatti, pegar ele pra conversar mandando o menino ir chutar o professor em trocar de bala. E não é que o menino entendeu direitinho! Foi lá na frente e tava que levantava a perninha tentando alcançar a canela do Faria! Socorri antes da tragédia que seria pra mim, explicando que não podia fazer isso que não precisava que eu daria bala pra ele depois. Briguei com o Violatti que ele tava corrompendo meu filho e ele se divertindo...O Faria que nem tinha percebido antes, foi perguntar o que acontecia e o Fabrício foi contar, ainda bem que disse a verdade, que foi ele quem mandou o menino fazer aquilo.No segundo semestre foi mais apertado ainda. Além da monografia que não era suficiente nunca, cumpri as 3 matérias de projeto de edificações. Tinha que fazer todos os projetos de uma casa, um prédio de 4 andares e o mesmo com 8 andares acrescentando elevador e piscina na última laje da cobertura. É...não foi mole não...Foram dias inteiros em frente ao computador na faculdade pra conseguir fechar o curso. Graças ao meu bom Deus, consegui entregar tudo em dia e a apresentação da monografia foi a melhor apresentada de 5 com o mesmo tema, segundo meus professores da banca. Tirei 9,5 porque não pude apresentar informatizado e com figuras (tinha encomendado um digitador, mas ele não fez, daí aproveitei o atraso de um professor e digitei somente os títulos na hora pra não ficar sem nada). Foi a maior nota do tema. E no início do trabalho uma frase singela ao pé da página dizia: Ao meu filho Gustavo. E aí eu me formei em engenheira civil.
2 Comments:
Oi Ro, nada na vida é fácil né, dificulta mais ainda, qdo temos dependentes, não é verdade, tbm foi um sufoco eu estudar, e ainda não acabei, mas em nome de Jesus, esse ano acabo, fico mto feliz em ver seu esforço, vc é mto legal!Bjo Deus abençoe vc e sua família.
Ainda não lí toda sua hstória, mas gostaria de agradecer suas visitas, e principalmente a de hoje, muito obrigada!
Bjs
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