***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

domingo, novembro 11, 2007

Estripulias, malcriação e genética



Meu filhinho fez 5 anos...e já me fez passar por poucas e boas...
Quando paro pra pensar, às vezes não acredito em tudo que já passou e sinto uma certa insegurança com o que vem por aí. Só não piro de vez porque procuro encarar numa boa sem fazer muito drama com detalhezinhos. Algumas mães leoas (como eu gostaria de ser) iriam me achar mole e desligada, mas enfim...vou tocando a vida de mãe com as surpresas, decepções e alegrias que ela me traz.
Gustavo já escala a mexiriqueira do quintal, já derrubou o fogão em cima dele (sorte que nem sei como, não machucou), já tomou 2 comprimidos anticoncepcional (o que me fez sair correndo pro ambulatório no plantão do meu amigo que olhava na minha cara: ‘Cê tá com medo dele aboloiar? Não tem perigo não...’), já se perdeu numa quermesse enquanto eu, no meio de um bolo de gente desesperada, tentava comprar maçã do amor (fiquei apavorada procurando e ouvi o locutor do leilão anunciar um menininho se desmanchando em choro), já saiu correndo na minha frente atravessando a rua quase debaixo de um carro (aliás, é o que me deixa louquinha até hoje. Ele se nega a dar a mão e corre feito um doido na frente. Já falei que vou comprar uma coleira pra andar com ele, só não fiz isso ainda porque podem entender mal minhas intenções pela rua e virar até caso de juizado do menor alguém me denunciar por qualquer coisa).
Dos 3 anos pra cá ele tem me passado uma vergonha, principalmente com os parentes...Ele não quer cumprimentar. Eu dou o exemplo, peço, explico, chego a fazer chantagem ou tentar trocar por algo (o que não é aconselhável, eu sei), mas ele não cede. Eu fico com uma cara do tamanho do mundo, né? Minhas avós e minhas tias têm um carinho tão grande por ele...Quando ele foi com 6 meses pra lá, encantou o povo por ser 'o bebê alegria'...Agora pedem um abraço e ele simplesmente deixa o povo de braços estendidos e diz um não horrível. Dessas últimas vezes que fui, o povo tá até desistindo e nem fazendo tanta questão dele mais.
Outro dia perguntei porque ele faz isso e me respondeu uma coisa que nunca na vida pensei que geraria alguém com um pensamento assim. Eu achei medonho e tem me preocupado muito sobre a visão de sociedade, de relacionamento ao próximo que ele terá quando crescer...Pedi minha mãe pra adquirir um livro de estudo bíblico já adequado pra idade dele e ando meio displicente em estudá-lo com afinco. Vou procurar fixar um horário e principalmente pedir à Deus forças de cumprir Deuteronômio 6:6 e 7: “E estas palavras que hoje te ordeno têm de estar sobre o teu coração; e tens de inculcá-las a teu filho, e tens de falar delas sentado na tua casa e andando pela estrada, e ao deitar-te e ao levantar-te.”
Pode ser que seja um drama meu me preocupar assim com isso, talvez ele mude: se torne educado, amoroso e comunicativo; mas sem dúvida alguma, aprendendo a amar os mandamentos de Deus, com certeza vai acontecer.
Só sei que isso tem me feito pensar na tal genética. Todos nós somos únicos no mundo, mas passo a acreditar que o tal DNA carrega muito mais que características físicas: Gênio, gostos, manias, tudo isso vem junto! Eu vejo claramente no Gustavo. Ele se comporta exatamente como o pai, os tios e os avós de lá. Algumas coisas, muita mãe radical em alimentação acharia o máximo. Ele gosta de comer coisas realmente saudáveis: frutas (quase todas), peixe, arroz e feijão, verduras (já experimentaram o talo da couve crua? É amarga...e ele come do maço todo se deixar). Não come salsicha, presunto, fritura, bolo com recheio e glacê, muito pouco chocolate e sem recheio, refrigerante, sanduíche, pizza, etc.
P.S. ►Só do maldito chiclete não me livrei, uns vizinhos deram pra ele com 3 anos (depois de todo meu esforço pra que ele não conhecesse) e gamou. Eu não compro, mas tem sempre alguém que dá e me mata de raiva.
Anda nuns passinhos de lesma, possui um egocentrismo no volume máximo e sente nojo até de mim: quando mordo algo, como na colher ou tomo no mesmo copo. E sabem de onde vem tudo isso?
De uma dona chamada Elza com codinome de avó do Gustavo. Toda fresca, diz que não sai no sol porque estraga a pele (devia ir cortar cana). Ela e o pai deles criaram os filhos sem lazer e contato com a família. Sem diálogo, sem calor humano. Batiam de jogar na parede e com a fivela do cinto até arrancar sangue, sem demonstrar um pingo de remorso.
Sabe como ela me chama? A seca. Vive enchendo os ouvidos do Anderson que ele merece coisa melhor. Ela vangloria a posição social, financeira e a beleza exterior das pessoas. E dá isso como direção de vida pros filhos (a irmã dele é um bom retrato disso, pois gasta todo salário com a aparência e não pensa em ampliar os estudos, crescer com o próprio esforço...Nem adianta, tá lá encalhada, nem pé rapado arruma). A aparência e apresentação da pessoa têm sim seu valor, mas não deve ser colocado à frente de tudo como ela faz com os filhos.
Eu quero ser uma mãe pra educar meu filho com conselhos de uma mãe que eu admiro muito (meu sonho de consumo como sogra), minha vizinha, mãe deste médico meu amigo que citei aí em cima. Ela me disse que falava pro filho e queria pra ele não uma mulher caprichosa, com a casa nem com ela mesma, podia ser até uma negrinha (parece racismo, mas foi sem intenção: eles são bem brancos); mas uma mulher carinhosa, que amasse o filho de verdade. Uma pessoa admirável ela, viu.
Mas hoje, toda minha raiva e rancor têm virado 'pena'. Eu sinto pena da Elza porque não tem Deus no coração e não conhece o que realmente é o amor. Ela não sabe amar nem os filhos de forma consciente! Amar é um verbo que se manifesta a outrem, não a nós mesmos de forma egoísta. Amar é dar, não é receber. Daqui a pouco tô cantando Monte Castelo, mas Renato Russo tinha toda razão quando expôs o que só o Criador sabe definir o que é o amor. E junto com esse amor vem a humildade, que é o que engrandece de verdade as pessoas.

Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um símbalo que retine. E se eu tiver o dom de profetizar e estiver familiarizado com todos os segredos sagrados e com todo conhecimento, e se eu tiver toda fé, de modo a transplantar montanhas, mas não tiver amor, nada sou. E se eu der todos os meus bens para alimentar os outros, e se eu entregar o meu corpo, para jactar-me, mas não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é longânime (amigável) e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna (enfurece), não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Suporta todas as coisa, persevera em todas as coisas.
O amor nunca falha.(...) Agora, porém, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor
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1 Coríntios 13:1-8,13.