***s2***Meus foguetinhos***s2***

Tenho por objetivo,além de registrar doces lembranças,dividir experiências e compartilhar alegrias com mamães corujas como eu.

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Fiz um teste uma vez que me definiu como mãe superprotetora que vê perigo em tudo e que gosta de cuidar de perto. Sou a mãe mais orgulhosa deste mundo! Tenho 32 anos, sou Engenheira civil, profissão que amo de paixão. Não sou dona de casa por mais que tente...mas sou mãe de dois molequinhos que dão um trabalhão porém compensam de tanto orgulho e alegrias.

sábado, outubro 13, 2007

A persistência

Início deste ano, mais uma vez fui tentar emprego em São Paulo...Sou persistente, heim! Desta vez o Anderson foi também, todo esperançoso. Na visão do meu pai é tudo tão simples...garantiu que tinha emprego sobrando nos jornalzinhos. É, só neles é que tem vaga mesmo, porque nas empresas...
Fomos duas vezes na Força Sindical e só conseguimos um encaminhamento pra entrevista pra promotora de vendas e ele pra almoxarife. Os salários indignos de pais de família. Eu por exemplo, ia trabalhar pra pagar a escolinha pro Gustavo.
E por falar nisso, não é que ainda não tinha me tocado que o comercial a respeito de criança mais cedo na escola, não se tratava de creche e sim de pré-escola aos 5 anos! Se não fosse minha prima Nanda que se formou pedagoga me dizer, eu tava boiando e meu filho ia perder um ano escolar!
Danei a correr por vaga nas escolas lá por perto e nada. Para o Ilmo Presidente é fácil falar lá de Brasília toda criança na escola. Só que a realidade aqui é outra. Não adianta nem ameaçar. Liguei pro MEC que me jogou pra Secretaria do Estado, que me jogou pra Secretaria municipal, que me jogou pra Secretaria regional, que me mandou ir à escola e ficou por isso mesmo. Anotaram lá o nome dele pra quando surgisse vaga.
Fui capaz até de enfrentar uma fila que ficou imensa pra entregar currículo numa loja de supermercado pra vaga de caixa. Antes eu não conseguia emprego por falta de experiência na área e desta vez, com 1 ano da dita cuja, não fui classificada pela idade. Tô velha já, é mole? Disseram que contratam somente dos 18 aos 23 anos.
Fiz de novo a via-sacra das agências de emprego da Lapa e do Centro. O Anderson xingando que era humilhação, depois se achava o máximo quando perguntavam a pretensão salarial e ele dizia R$1.000,00. Tudo bem que é o justo, mas ninguém ia querer pagar, né? Ainda me fez ir à pé da 11 de abril até a 25 de março atrás de Galeria do Rock. E nós ali pertinho da Av. São João, pode? Mas eu não conheço muito de andar em São Paulo e descobri aqui na internet depois onde ficava o bagulho. Só sei que assim que entramos na 25, começou a correria do Rapa, o povão tudo desesperado vindo em nossa direção, o Anderson achando que era briga, ficou apavorado e na próxima esquina já virou querendo sair logo dali. Foi até engraçado. Aí não sei como consegui sair, meio que por instinto de paulistana, na praça do correio, mas o instinto falhou na hora de pegar o ônibus. E olha que meu pai avisou, mas não guardei na cabeça. Peguei justo o Brasilândia, que deu a volta no mundo, por ruas que eu nunca na minha vida sonhei que existisse por lá, acho que na Antônia, porque mostra uma Brasilândia que eu não conheço. E depois de 1 hora do tour, fui reconhecer a escola que estudei e descemos lá. Acabamos de chegar à pé na casa da minha vó paterna, na esperança do meu pai nos levar de carro pra casa. Ele disse pra almoçarmos lá primeiro e o Anderson, acho que pra me castigar de não ter pego o ônibus certo, não quis entrar nem pra cumprimentar o povo, o que me matou de vergonha.
É, ele é assim: meio anti-social. Foi a criação insana que ele recebeu. Não teve convivência com a família (avós, tios, primos, etc.) e não suporta muito essas reuniãozinhas. Desumano.
Fizeram um almoço lá nessa vó com Virado à Paulista, que ‘minha mãe’ teve que conversar com ele pra ir. Eu louca pra bater ‘aquele papo’ com as primas e colocar as fofocas em dia, a gente fofoca mesmo (ás vezes vira um rolinho, mas aí o tempo passa e família tem dessas coisas e assim é que é bom, que a vida tem graça e que permanecemos unidos); o Anderson no início ficou enfiado no bar com meu pai que precisou ir chamar 3 vezes pra virem comer, depois deu um piti pra ir embora que ameaçou até ir sozinho sem saber direito o caminho. Como sofro.
Fui na formatura dessa minha prima pedagoga. Podre de gripe, ainda tentei me adaptar às músicas disco de hoje, ficava no passinho do elefantinho, compartilhando e entrando num Smirnoff Ice com o namorado dela pra ver se me alegrava. Quando aquilo bateu, fiquei numa dor de cabeça insuportável. O jogo de luzes e aquela música alta foram entrando no meu cérebro como umas bombas. Me deu uma tristeza...comecei a me concentrar no trabalho horrível dos garçons me compadecendo deles, já que o Anderson trabalhou um tempo nisso e reclamava tanto de dor de cabeça, nos pés e na coluna. Apesar de eu ter ficado no tempo nas músicas e achar aquele repertório lastimável, a festa foi linda e muito bem organizada, acho que tô ficando velha mesmo...Se bem que não foi só eu, até o namorado dela dormiu na mesa...Não consegui jantar, o que me salvou foi um caldinho de feijão delicioso na finalização. Ah, bateu e revigorou. Aproveitei pra ferver na mesa de doces.
Depois de apelações, muito estresse e data marcada pra ele voltar (ele insistia tanto e fez questão de ensinar, que o Gustavo chega sabia mostrar o dia direitinho no calendário!); um mês depois, a irmã dele ligou dizendo que tinha chegado a convocação pra ocupar o cargo da prefeitura daqui. Eu chorei de emoção. E ele ficou tão feliz que chega deu um abração na minha vó materna. Fiquei admirada.
Embarcou na mesma noite e eu e o filhote fomos um mês depois com meu pai, de mudança de novo.